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Nacionales Galiza :: 01/05/2016

Vinte anos

Carlos Morais
1 de Mayo de 1996, nace Primeira Linha, partido comunista, patriota y combatiente galego. Se cumplen 20 años de existencia

Era 1º de maio numha tarde de topázio galega, no coraçom da Compostela antiga, quando um grupo de jovens desafiarom a história fundando o primeiro partido comunista revolucionário na Europa ocidental após a queda do socialismo soviético.

Eram tempos duros os de 1996. A esquerda estava completamente derrotada. Tinha sido desarmada pola ofensiva neoliberal e a moda postmodernista que financiava a burguesia para enterrar o marxismo.

Na Galiza o aggiornamento político e a renúncia ideológica era inseparável companheira de viagem do fugaz êxito eleitoral do nacionalismo de esquerda.

Nessa conjuntura de restauraçom neoliberal e atmósfera anticomunista, contrarrestada polo entusiasmo e a firme determinaçom de eclosionar para agir e transformar, levavamos meses de debate, elaboraçom e construçom.

Eramos pouc@s, careciamos de experiência, nom possuiamos meios nem padrinhos. Mas ainda assim avançamos. Sabiamos, igual que hoje, que sem audácia e coragem nada se consegue.

Nascimos com o orgulho de estarmos nas margens e sermos filh@s da madrugada. Com mais intuiçom que conhecimentos resgatamos o marxismo-leninismo dos detritos e a deturpaçom floclorizante ao que o tinha conduzido o reformismo.
Queriamos ser comunistas sem complexos, comunistas galegos sem timidez.
Hoje, com mais madurez e experiência na nossa mochila, seguimos tentando-o.

Emergimos da derrota visando construir em base a melhor tradiçom da luita operária e de libertaçom nacional umha ferramenta para a Revoluçom Galega. Sempre sob a leitura da concreta realidade que ainda hoje nos convoca à luita por umha sociedade sem classes e umha pátria libertada.

Chamamo-nos Primeira Linha e apelidamo-nos Movimento de Libertaçom Nacional. Desde o minuto zero nom provocamos a indiferença. Padecimos a repressom policial, a intoxicaçom mediática dos meios de desinformaçom do inimigo, mas também a calúnia e a manipulaçom dos que ainda hoje seguem enganando o povo trabalhador com o fracassado ilusionismo das urnas.

Fomos crescendo e madurecendo a medida que interviamos e promoviamos luitas, construíamos movimento e teoria revolucionária, injetando combatividade e chamando as cousas polo seu nome, sem eufemismos nem ecleticismos amórficos.

Estamos avalados por vinte anos de acertos e de erros, de avanços e retrocessos, mas sempre guiados pola bússola do marxismo e do leninismo, pola bandeira vermelha da nossa classe.

Hoje, a conjuntura sociopolítica nacional e internacional nom é melhor que a de aqueles dias de ferro e fel nas que sentavamos as bases organizativas, políticas e ideológicas de Primeira Linha. Continuamos submetidos ao fogo ideológico dos postmodernismos e do pragmatismo. Mas seguimos com as ideias claras respeito do que queremos ser, onde queremos chegar e como fazé-lo.

Porém, neste 20 aniversário nom podemos avaliar satisfatoriamente a nossa atual situaçom conjuntural. Todo o contrário. Um convulso processo de implosom interna de caráter liquidacionsita que nos sacudiu há agora um ano tem provocado que nos achemos numha encruzilhada adversa, mordendo o pó, mas nom por isso abraçaremos a comodidade da claudicaçom nem nos deixaremos arrastar polos ventos do oportunismo e o derrotismo que hegemonizam o campo operário e popular na Galiza e em quase todo o lado.

Cruzamos o ponto do nom retorno, nom faz sentido olhar para atrás procurando a confortabilidade e o aplauso.
Voltamos ao ponto de partida, mas agora a algibeira nom só está cheia de planos e projetos, está carregada de vinte anos de permanente iniciativa e da satisfaçom do dever cumprido.

Temos um rico património político e ideológico, um exemplo de perserverância e insubornável compromisso com o proletariado da naçom de Benigno Álvares, Henriqueta Outeiro, o Piloto e Moncho Reboiras, com a causa internacionalista, com a real emancipaçom das mulheres.

Seguimos defendendo contra vento e maré que o Comunismo é o futuro da humanidade.

Neste 1º de Maio de 2016 -20 aniversário de Primeira Linha-, quero lembrar o núcleo fundador, mas também os centos de homens e mulheres que contribuírom na construçom do partido comunista revolucionário galego. Tod@s responsáveis do trajeto percorrido.

Aqui estamos e aqui seguiremos “abrindo horizontes de revolta”.

 

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