lahaine.org
Nacionales Galiza :: 19/07/2016

1936-2016 80 aniversario do holocausto galego. Fascismo nunca mais!

Agora Galiza
80 aniversario del holocausto galego...fascismo nunca más!

1936-2016

80 aniversário do holocausto galego

Fascismo nunca mais!

Rutura democrática galega contra o regime postfranquista

Hoje, há exatamente oito décadas, iniciava nas colónias espanholas de África o golpe de estado de caráter fascista contra o governo da segunda república espanhola visado para cortar o processo de emancipaçom operária e de género, a conquista de direitos e liberdades populares, e impossibilitar o exercicío da autodeterminaçom da Galiza e naçons oprimidas.

A vitória da sublevaçom militar promovida polo grande capital industrial e financeiro, a Igreja católica, a aristocracia e os latifundiários triunfou graças aos apoios internacionais, fundamentalmente da Alemanha nazi e a Itália musoliniana.

Na Galiza nom houvo propriamente guerra pola indecisom e negativa das autoridades republicanas a armar os sindicatos de classe e os partidos operários, favorecendo assim a queda e controlo do país polo franquismo, que iniciou de imediato umha selvagem repressom, ainda oitenta anos depois sem umha evaluaçom quantitativa final.

Na Galiza nom só assassinárom mais de 7.000 militantes, quadros e ativistas de esquerda e do nacionalismo galego, detivérom dezenas de milhares de homens e mulheres comprometidos com a causa da liberdade e a justiça social, e a Pátria foi transformada num gigantesco campo de concentraçom.

De Lenin Moreda assassinado na Porta do Sol de Vigo em 20 de julho de 1936 até Humbero Baena e José Luís Sánches Bravo fusilados em 27 de setembro de 1975, o povo trabalhador galego pagou com sangue a sua aposta pola liberdade.

Outras dezenas de milhares tivérom que exilar para evitarem a sua detençom e execuçom alegal, paralegal e ou legal, polos esquadrons da morte falangistas, os corpos repressivos e os tribunais da nova ordem legitimada na vitória militar.

O franquismo causou a ruína da economia nacional provocando um retrocesso de décadas nas condiçons de vida da imensa maioria social, perpetuando o atraso, a dependência e o rol periférico da Galiza na divisom internacional do trabalho imposta polo capitalismo.

Os alicerces do atual regime da constituiçom espanhol de 78 procedem deste golpe fascista e dos posteriores quarenta anos de ditadura.

O atual Estado espanhol foi forjado numha guerra de extermínio que nom só torturou, violou, assassinou, também incautou o património dumha parte dos habitantes do nosso país facilitando asim o enriquecimento das elites aditas ao franquismo.

Boa parte das empresas do Ibex 35 e grandes fortunas tenhem as suas origens neste processo de saque e expólio dos vencidos.

Hoje, neste oitenta aniversário queremos recuperar a memória ocultada e maquilhada na transiçom pactuada por setores do fraquismo e o PCE e o PSOE sob tutelagem de Washington e as potências europeias. Um processo político que legitima o golpe de 36, aminsitia os golpistas e legitima o estado levantado sob terror e devastaçom.

Negamo-nos a aderir ao coro da amnésia, ao pacto de silêncio em que ainda oitenta anos depois continua sendo incómodo remexer para a nova socialdemocracia espanhola.

Hoje, oitenta anos depois, continuamos governad@s polos vencedores, por um partido que se nega a condenar o golpe de 36, que nega o holocausto e que está conformado por milhares de familiares diretos dos carrascos falangistas e dirigentes franquistas.

Com orgulho reivindicamos a Galiza vencida em 1936, a que heroicamente resistiu nas cidades e montanhas até ao início da década de cinquenta implementando umha eficaz guerra de guerrilhas, a que nunca se submeteu, a que após a queda voltou a se erguer umha e outra vez, a que se reconfigura à volta de Moncho Reboiras e Abelardo Colaço, a da luita e resistência.

Neste oitenta aniversário do início do holocausto galego Agora Galiza solicita às forças políticas galegas com representaçom institucional que se condene sem paliativos o golpe de estado de 1936 e o ilegítimo regime franquista mediante moçom institucional no parlamentinho do Hórreo, Deputaçons provinciais e Concelhos que inclua os seguintes requisitos:

Que se retire dumha vez a simbologia que comemora o fascismo, ainda presente nas ruas da Galiza.

Anulaçom da amnistia de 1977 que permite a impunidade a todos aqueles que participárom no franquismo para assim poder realizar a imprescindível depuraçom democrática integral da administraçom, exército e corpos repressivos.

A devoluçom do património incautado a entidades, associaçons e particulares.

Exigir da Igreja católica umha condena pública da sua participaçom no golpe fascista e posterior legitimaçom do franquismo.

Anulaçom de todas as condenas e juízos realizados durante o período 1936-1977 e reparaçom das vítimas e familiares.

Dotaçom de recursos económicos necessários para finalizar o estudo da repressom franquista para que as novas geraçons nom esqueçam a sua brutalidade.

Sabemos perfeitamente que nada disto vai ser feito pola negativa do PP e Cs a condenar o franquismo, mas também pola cobardia da esquerda institucional tanto a de ámbito autonómico como a espanhola.

Sabemos que só mediante um processo de rutura democrática com a Espanha franquista, com o regime da segunda restauraçom bourbónica, lograremos restarurar a memória da melhor Galiza assassinada, exilada e condenada ao ostracismo, a mais genuína semente da nova Pátria livre e soberana que temos firme vontade de conquistarmos.

Rutura que nom se vai a produzir pola via institucional nem polas urnas da burguesia e sim mediante a luita da nossa classe e do nosso povo nas ruas.

Hoje o fascismo nom é umha ameaça do passado, é umha realidade tangível na Europa. Um fenómeno latente na nossa sociedade perante a desmobilizaçom e frustraçom provocada polas promessas dos oportunistas populistas que alimentam a via morta do eleitoralismo para solucionar a perda de direitos, conquistas e liberdades.

Sabemos que os processos históricos tenhem os seus ritmos e leis, mas também sabemos da importáncia da organizaçom e luita operária, nacional e popular para conquistar o futuro.

Eis polo que perante tanta claudicaçom e timoratismo dos partidos progressistas light é imprescindível reconfigurar a esquerda revolucionária que na Galiza só pode ser a independentista, socialista e feminista.

Na Pátria, 18 de julho de 1936

 

Este sitio web utiliza 'cookies'. Si continúas navegando estás dando tu consentimiento para la aceptación de las mencionadas 'cookies' y la aceptación de nuestra política de 'cookies'.
o

La Haine - Proyecto de desobediencia informativa, acción directa y revolución social

::  [ Acerca de La Haine ]    [ Nota legal ]    Creative Commons License ::

Principal