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Nacionales Galiza :: 26/07/2019

500 pessoas secundam a convocatória independentista do Dia da Pátria

Causa Galiza
500 personas secundaron la convocatoria independentista del Dia da Patria. Intervención final integra dentro de la noticia

A manifestaçom independentista convocada por Causa Galiza neste Dia da Pátria foi secundada por 500 pessoas.

Sob a legenda Independentismo em marcha!, a manifestaçom partiu passadas as 12:30 da Alameda e rematou na praça de Toural, onde se lhe deu leitura à comunicaçom de reptos e tarefas para o próximo curso político. Aliás, lérom-se as saudaçons da CUP dos Països Catalans e de Sortu (Euskal Herria). Reproduzimos a continuaçom a nossa comunicaçom:


Bom dia a todas e todos,
Bem-vindos e bem-vindas ao Dia da Pátria,

Em 1990, após 17 anos de repressom, o cantautor Silvio Rodríguez celebrava o seu primeiro concerto no Estádio Nacional de Chile. A instalaçom desportiva fora no seu dia campo de detençom de 40.000 pessoas. Neste evento musical, o cubano advertiu a um público entregado que falar em nome dum povo é, sempre, umha alta responsabilidade.

Nós hoje vamos falar em nome dum povo, do nosso, das suas necessidades, dos seus anceios para o futuro e dos mecanismos necessários para satisfazê-los. E com a mesma solenidade que emitimos a comunicaçom, reclamamos 15 minutos de atençom.

Cumpre-se agora um século desde que a II Assembleia das Irmandades da Fala nominasse 25 de julho como Dia Nacional da Galiza.

Em 1968, quase meio século depois, um grupo de patriotas que na sua maioria nom alcançavam os 30 anos, dessafiavam o regime fascista para recuperar a data proibida e resignificavam-a como Dia da Pátria. A ocupaçom policial e militar desta cidade foi a reaçom a tamanho atrevimento. Hoje, celebramos aquela determinaçom graças à que estamos aquí.

Quando a celebraçom do dia dumha naçom alcança cem anos de existência, superando clandestinidades, persecuçons e maiores ou menores violências, como onte na Cadeia Humana para a Liberdade dos Presos e Presas Independentistas, ou na marcha juvenil, justo é dizer que o povo que o celebra já ganhou em parte o direito a ser dono do seu futuro.

A situaçom deste povo é por todas e todos conhecida. Em mais de umha ocasiom temo-la definido de Emergência Nacional, porque é o diagnóstico acertado se analisamos as tendências fortes na demografia, a estrutura económica, o empobrecimento e precarizaçom sociais, a situaçom sociolingüística, etc.

Hoje, como naçom, encontramo-nos numha encruzilhada histórica. A disjuntiva situa-se entre permitir que estas tendências culminem o seu trabalho letal, ou erguer um muro defensivo e popular que o impeda. Entre permitir a continuidade da dependência e tratar de maquilhá-la, ou apostar com todas as consequências na independência nacional.

O Estado espanhol enfrenta umha das crises mais importantes da sua história recente. O processo catalám, a perda de legitimidade social do regime neofranquista e a pauperizaçom crescente da maioria social evidenciam que o modelo argalhado na Transiciónespanhola toca ao seu fim. Mais umha vez, tratarám de mudar algo para que todo continue na mesma.

Esta crise aguda é, no seu sentido etimológico, umha oportunidade para o movimento de liberaçom nacional da Galiza. Diz um provérbio irlandês que as crises do Império Británico som oportunidades para o povo de Irlanda.

Perante esta disjuntiva, setores que se autodefinem “nacionalistas”, “soberanistas” e, incluso, “independentistas”, optárom por vias divergentes que compartilham a sua inutilidade: uns procurárom na imaginária esquerda espanhola o aliado que permitiria alcançar o exercício do direito de autodeterminaçom. Os resultados à vista estám. Só procuravam poder institucional e gerir o regime utilizando como alavanca a retórica ruturista.

Outros, apesar de que o dilema estratégico exigia e exige decisons valentes, optárom por aferrar-se à sua folha de rota de sempre: a reforma do modelo de Estado, o alargamento competencial e a gestom da Comunidade Autónoma após o despejo de Núñez Feijoó. Nom seremos nós quem negue a necessidade de despejar o sucessor de Fraga Iribarne da administraçom autonómica, mas as limitaçons da gestom institucional para a defesa deste País som tam evidentes que nem sequer é preciso explicitá-las.

Ambas perspetivas coincidem na impotência para superar a situaçom atual e, também, na negativa a abraçar sem ambigüidades a reclamaçom da independência da Galiza.

Nós, como independentistas, propomos ativar um processo popular que a meio e longo prazo possibilite a rutura democrática nacional com o Estado porque esta é a única saída possível à tragédia coletiva que vive a Galiza.

Audiencia Nacional acaba de liberar dum delito de pertença a organizaçom armada nove independentistas detidos e detida em 2015 naOperación Jaro. A decisom marca um ponto de inflexom na repressom estatal, deixa sem fundamento jurídico a montagem policial e evidencia, por enésima vez, a catadura de meios de comunicaçom, autoridades e mandos policiais do neofranquismo.

Apesar desta deconstruçom da montagem, em breve iniciará-se um juízo oral contra 12 independentistas aos que o tribunal reclama de 1 a 3 anos de prisom por supostos delitos de “enaltecimento do terrorismo”, que é como qualifica o compromisso independentista e a solidariedade com os prisioneiros políticos.

Espanha tem-o claro: na colónia do noroeste deve evitar a eclosom dum movimento que ponha em questom o atual status quo colonial. Sabe que, hoje, as condiçons objetivas e subjetivas para que esse movimento enraice, acumule forças e seja um factor incómodo, estám dadas.

Nós temo-lo claro também: como independentistas, por cima de repressons, por cima de proibiçons e violèncias, somos o próximo relevo da carreira por etapas que começou há cem anos e, com a mesma determinaçom que os de 1968, faremos os esforços possíveis para que o facho que arrincou em 1919 alcance a meta.

Esta é a tarefa e o repto. O independentismo galego, após 40 anos de luita sob condiçons de minorizaçom e repressom, ganhou várias metas intermédias imprescindíveis: logrou a pervivência do ideário que postula a rutura com Espanha; possibilitou que a opçom prendesse em importantes setores populares e seja umha reivindicaçom em ascenso na mocidade que se libera das auto-limitaçons dos e das suas maiores e, incluso, ganhou a transversalizaçom social da independência nacional.

Agora, corresponde a quem recebemos o facho nesta carreira de fondo, seguir desenvolvendo o processo que nos leva à independência nacional e darmos um novo passo adiante: construir o projeto político e desenhar a estratégia que fagam possível esta perspetiva, com vocaçom de massa; com introduçom e incidência social e com capacidade para romper o círculo vicioso da repressom. Um projeto livre de covardias, que chame as cousas polo seu nome e fortaleza dia após dia o músculo popular independentista.

Nesta tarefa, contamos com três elementos imprescindíveis: as ensinanças da nossa história de resistência nacional, a existência dum estado de opiniom independentista que se encontra nos seus máximos históricos de influência e que, com segurança, nom deixará de crescer se sabemos cuidá-lo e organizá-lo e, por último, Causa Galiza, como ponto de saída da construçom coletiva.

Em setembro iniciaremos a segunda fase do Processo Trevinca que ativamos no passado outono. Trata-se de definir, através do debate e a participaçom de centenas de pessoas, a nova folha de rota que na fase atual traduza este ascendente estado de opiniom independentista em organizaçom, militáncia, estratégia, etc. como única possibilidade de avançar face a independência.

Desde aquí, convidamos-vos a achegar o vosso grao de areia para que o Processo Trevinca chegue a porto e definamos a folha de rota para os próximos anos. É esta umha necessidade impostergável.

Umha última questom: independentistas presos e presas: a última atuaçom da Guardia Civil eleva a seis o número de militantes Independentistas do CPIG nas prisons. Ganhar a sua repatriaçom, o respeito dos seus direitos e a sua liberdade deve seguir sendo um objetivo irrenunciável da comunidade independentista galega. Neste sentido,, convidamos-vos a reforçar a denúncia da prisom política e impulsionar as dinámicas rumadas a esvaziar os cárceres de independentistas galegas e galegos.

Rematamos já. O independentismo galego nom nasceu para resistir, nem para ser reduto de coerência: nasceu para ganhar a independência. Temos um longo caminho por diante, mas a urgência imediata de construir e fortalecer o projeto e a estratégia que fagam possível a conversom em massa popular organizada dum estado de opiniom que a todas luzes está em ascenso.

Esta tarefa, junto à reclamaçom dos direitos e a liberdade dos independentistas presos e presas, definirám o curso politico que aginha se inicia.

Viva o Dia da Pátria!
Viva Galiza ceive!

 

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