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Nacionales Galiza :: 30/10/2018

Alcoa e o setor energético, mais um motivo para a independência

Antia Seoane
Alcoa y el sector energetico,otro motivo para la independencia

Pneus queimados às portas de Alcoa. O pessoal de Alcoa mobilizou-se na tarde de ontem e protagonizou umha marcha obreira desde a fábrica situada no polígono industrial de Agrela até a Delegaçom do Governo espanhol na cidade da Corunha em protesto polo peche da planta corunhesa. Estám em jogo 369 postos de trabalho além dos postos de trabalho indiretos. Entre as demandas do pessoal da planta encontra-se que as indústrias eletrointensivas, como som as fábricas de produçom de alumínio, tenham acesso a umha tarifa elétrica própria estável, pois um dos motivos que desde a direçom da empresa esgrimem para justificar o peche das plantas da Corunha e Avilés, é a reduçom de benefícios nos últimos anos pola suba do preço da energia elétrica. Como analisamos neste portal, este argumento é falso.

Paus de cego da esquerda

Na mesma linha, a CIG anunciou a semana passada em rolda de prensa que presentará umha ILP (Iniciativa Legislativa Popular) ante a mesa do Parlamento Galego para resgatar os saltos e os aproveitamentos hidráulicos para o sistema público galego. A ILP recolhe revisar as concessons galegas para comprovar se cumprem com a normativa que lhe é de aplicaçom e também propom que a Administraçom, três anos antes de que remate umha concessom, inicie os trâmites necessários para a sua reversom evitando deste jeito que continue em maos privadas. Segundo os vozeiros do sindicato, esta medida permitirá “combater a pobreza energética”, adotando já o eufemismo criado polos médios empresariais.

Como fica de manifesto, a esquerda europeia, e nomeadamente a galega, centra o seu programa em implorar por migalhas e apenas promove leis que somente suavizam algumas das consequências inerentes ao capitalismo. Trás um lento, mas prolongado processo de escoramento do marco ideológico cara a direita, as medidas acima expostas som percebidas pola populaçom como progressistas quando poderiam ser defendidas há um par de décadas por partidos conservadores. A esquerda tem medo a formular um programa radical e já nunca ataca as origens dos problemas.

Segundo os últimos dados do INEGA, na Galiza existem um total 166 centrais hidráulicas, das quais 121 som mini hidráulicas (centrais com potencia inferior ou igual a 10 Mw) que produzem umha energia de 61 Ktep (mil toneladas equivalentes de petróleo). Esta cifra é suficiente para pôr a Galiza à cabeça do Estado na produçom deste tipo de energia, mas apenas é o 2,6 % da energia primaria galega e menos do 0,6 % da energia produzida no País, polo que é umha fonte de energia mui limitada e a sua volta a maos publicas nom solucionaria nenhum problema. Mas sim poderia ser boa propaganda em caso de ir adiante.

O setor energético galego

Galiza foi confinada por Espanha a converter-se numha reserva energética capaz de abastecer a crescente demanda dos seus centros económicos e de poder.

Atualmente a Galiza produz muita mais energia da que consome, aliás de que umha outra parte importante desta energia é consumida polas indústrias de enclave instaladas no nosso país. . No ano 2015 produzírom-se 9.930 ktep e apenas se consumirom 6.209 na Galiza, sendo a restante, 3.721 ktep, exportada para ser consumida no resto do Estado. Fica assim de manifesto que com soberania, poderiamos reduzir a produçom de energia num 40 %.

As principais técnicas de produçom eléctrica introduzidas na Galiza som enormemente lesivas para com o meio ambiente. Precissamente, a desertizaçom de umha boa parte do nosso território era necessário para desenvolver a nova política energética vendida hipocritamente como limpa, pois sem gente, sem comunidade, sem mocidade, sem interesses que defender, grande parte do país é um ermo fecundo para os grupos energéticos imponherem a sua lei sem apenas contestaçom e pressom social.

 

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