lahaine.org
Nacionales Galiza :: 27/08/2012

Espanholitos ou galegos?

Galizalivre
Carta de Xosé Tarrio, cuando estaba preso en la cárcel de Jaen

Empoleirado à janela da vida observei os homens e as mulheres pelejar-se polo cúmio do poder de cotio: uns com a escussa do socialismo outros com a do progresso... verbas e mais verbas que nom levavam a nengures que nom fora à ambiçom pessoal do parlante. Acudimos ao silêncio, à negaçom da liberdade, à negaçom da humanidade, enquanto convertermos a Terra num macro-cárcere do que todos e todas nós somos prisioneiros/as.

Já nom quedam terras livres às que fugir, nem pessoas com as que berras; os espíritos libertários som perseguidos e ceivados ao abismo; as cidadás fôrom tranformadas/os em servos do capitalismo voraz, vendendo a sua liberdade a um horário de trabalho baixo as condiçons que lhes fôrom impostas, sejam quais forem. E isso porque a terrível ameaça da fome e do paro atopa-se pendurada a modo de espada de Damocles sobre elas/es e as suas famílias, o qual obrigará-lhes a aceitar todas as condiçons impostas polo patrom. Os jovens som educados para a guerra e nom para a paz e o amor, num serviço militar obrigatório ditatorial que esnaquiza a liberdade natural das pessoas, e no que se lhes imbui do todo pola Pátria, o amor a umha bandeira, a espanhola, tingida com o sangue dos povos e culturas assaltados e saqueados pola conquista de outroras...; outros som encarcerados como vulgares ladrons pola apologia da paz e alcumados de covardia no exercício da sua liberdade icástica.... Mentres os assassinos do Estado Espanhol atopam-se em liberdade baixo fiança, com todo o descaro e impunidade, berrando vivas à unidade nacional sobre as tumbas quentes dos nacionalistas bascos torturados e mortos polo GAL... Mentres todo isto está a suceder ante a indiferença da tod@s nós. Caminhamos entre os nossos próprios excrementos e fedor até umha incógnita perigosa para o futuro da raça humana, dos nossos filhos e os seus filhos.

As políticas lucrativas, as religions, as leis caducas e os líderes nacionais e internacionais dos países do mundo, transformárom por meio do escravismo estatal as pessoas livres em cidadaos aberrantes e patéticos sem pessoalidade, desumanizando-os, ditando-lhes, controlando-os, fazendo-lhes crer falsamente que eles/as nom estám capacitados/as para tomar decisons sobre o futuro do seu povo. O Estado Patriarcal Espanhol nom é o mundo feliz que vendem os políticos nos seus discursos, senom um sistema ditador baseado na suposta superioridade duns homens sobre o resto dos homens e especialmente sobre todas as mulheres: um sistema onde os cidadaos mais pobres (milhom e médio só em Madrid) som botados às ruas sem cobija e sem amor, por causa da pobreza, tendo que viver da esmola ante um sistema democrático que lhes dá as costas; onde se construem cárceres para encarcerar os insubmissos sociais ou militares que se negam a participar numha sociedade assim, ou às pessoas que defendem a ideia da independência e a dos seus interesses à margem dum governo central ditador ao que nom querem pertencer, já por história, já por moral e inteligência; onde os generais da guerra utilizam os nossos filhos, amigos e irmaos (nom aos seus, caso do Rei) para os seus interesses patrióticos camuflados baixo o disfraz do heroico, em vez de proclamar a convivência e a fraternidade entre os povos. Queremos o Povo Galego pertencer e colaborar na existência do Estado Espanhol ou queremos a liberdade, o cámbio e a independência à margem de tanta injustiça e abuso e ditadura, para intentar nós polos nossos próprios meios umha sociedade melhor? Esta é a questom: espanhóis ou galegos?

Entanto existam estados centralizados a paz geral é impossível. Devemos desejar a sua desintegraçom, para que todas as províncias, comunidades e naçons fagam uso do seu direito a ser livres, a administrar-se segundo os seus interesses e as suas necessidades em autonomia. A Paz, princípio geral que ambicionamos todas as pessoas, é possível unicamente com a desapariçom dos estados centralizados, dos exércitos nos que baseam todo o seu poder e das instituiçons monárquicas, pois a sua aboliçom é umha condiçom principal para a emancipaçom dos povos primeiro e dos homens e mulheres depois. Jamais será possível a realizaçom séria da liberdade da paz e da justiça, por muitas soluçons que ofereçam os políticos, já sejam de centro, já sejam de esquerda ou bem de direita. Se nom ideamos umha sociedade de tal jeito que ninguém fique despossuido e privado de instruçom cultural, de meios culturais e morais para desenvolver-se, fazendo impossível para qualquer indivíduo, seja qual for, a exploraçom do trabalho alheio, e garantindo a todas as pessoas um soldo digno às suas necessidades, um trabalho permanente em igualdade com o resto dos componentes da sociedade. Tenhamos pois o valor suficiente de negar a monarquia e o Estado Espanhol, cuja constituiçom constitui a negaçom enmascarada doutros povos históricos anexionados polo despotismo e a conquista. Nom nos conformemos com umha autonomia relativa que nos converte em escravos/as das acçons do governo central, em monicreques sem voz nem voto, num Povo sem pessoalidade para decidir por si mesmo e auto-governar-se segundo os seus interesses. SOMEMO-NOS ENTOM À LUITA POLA INDEPENDÊNCIA DO NOSSO POVO...

Carta de Xosé Tarrío, quando estava preso no cárcere de Jaén, à revista "A Treu" nº 21 das Juntas Galegas pola Amnistia.

 

Este sitio web utiliza 'cookies'. Si continúas navegando estás dando tu consentimiento para la aceptación de las mencionadas 'cookies' y la aceptación de nuestra política de 'cookies'.
o

La Haine - Proyecto de desobediencia informativa, acción directa y revolución social

::  [ Acerca de La Haine ]    [ Nota legal ]    Creative Commons License ::

Principal