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Nacionales Galiza :: 02/01/2013

[Gal/Cast] Declaraçom de Primeira Linha ao conjunto do povo trabalhador galego

Primeira Linha
Primera declaracion de 2013 de Primeira Linha al proletariado, juventud, mujeres y al conjunto del Pueblo Trabajador Galego

Galego

Tal como prognosticávamos há exatamente agora um ano, os 365 dias de 2012 fôrom nefastos para os interesses da classe obreira, dos setores populares e do projeto nacional galego.

Nós, as comunistas galegas, os comunistas galegos, nom estamos dececionados com o governo espanhol, nem com a sua sucursal na Comunidade Autónoma, porque nunca confiamos nas promessas nem nas demagógias das fraçons mais reacionárias da burguesia.

2012 foi um ano de permanentes agressons contra os tímidos direitos adquiridos, de constantes cortes nas conquistas sociais e laborais, de involuçom nas liberdades básicas, de endurecimento do patriarcado e do espanholismo.

O governo de Mariano Rajói aprofundou nas políticas neoliberais de Zapatero, aplicando duríssimas medidas socioeconómicas tendentes a fazer recair sobre o povo trabalhador as conseqüências da crise capitalista.

2012 foi um ano de distribuiçom maciça e indiscriminada de dor, tal como de forma descarnada manifestou o ministro espanhol de (in)justiça Ruiz-Gallardón.

Um ano de retrocessos e derrotas

O balanço constata que perdemos poder aquisitivo e direitos. A reforma laboral legalizou e embareteceu ainda mais o despedimento livre. Vimos reduzida a prestaçom por desemprego.

Foi incrementada a idade da reforma e nom fôrom revalorizadas as pensons de acordo com o IPC. As pessoas idosas fôrom um dos setores sociais mais golpeados polo PP.

Mais de 30.000 trabalhadoras e trabalhadores galegos passárom a engrossar o desemprego, aproximando-se a cerca de 300 mil o número de compatriotas que nom tenhem trabalho.

Perante a ausência de alternativas laborais, umha parte destacada da juventude, basicamente a mais preparada, é forçada a emigrar para garantir um mínimo futuro.

Baixárom os salários do proletariado industrial e da funçom pública, incrementando as jornadas de trabalho.

Subírom os impostos ao povo trabalhador, aumentando o IVA e o IBI. Suprimírom ajudas e subsídios sociais, paralisando a de por si tímida Lei da Dependência.

Acelerárom a privatizaçom da sanidade mediante o copagamento farmacêutico, eliminando subsídio a 417 medicamentos, suprimindo os direitos à saúde da populaçom imigrante, e reduzindo o investimento em hospitais e centros de saúde.

Idêntica receita aplicárom no ensino, piorando as condiçons de trabalho do professorado, subindo as taxas universitárias, reduzindo o orçamento para assim condenar o ensino público à deterioraçom, enquanto se subsidia o privado.

Mais de 6.000 famílias perdêrom as suas casas em 2012 por nom poderem pagar os créditos hipotecários. Cada dia produzem-se na Galiza 17 despejos pola voracidade da banca.

Superam as 40.000 o número de famílias que perdêrom boa parte dos aforros da sua vida, mediante a legalizaçom do roubo realizado polas entidades bancárias por mor das decisons adotadas pola casta política.

Aumentárom produtos básicos de primeira necessidade, o gás, a eletricidade, o transporte.

As conseqüências deste quadro som diáfanas e indiscutíveis: aumentou a exclusom social e a pobreza, as dificulades para chegar a fim de mês, e as condiçons de vida das imensas maiorias.

Incremento do centralismo espanholista

Simultaneamente a esta ofensiva burguesa contra todas e todos nós, o governo do PP aprofundou na centralizaçom política espanholista visando destruir o projeto nacional galego.

As medidas legislativas do Ministério espanhol de Educaçom som umha autêntica contrarreforma educativa de caráter reacionário e clerical. A denominada “Lei Orgánica para a Melhora da Qualidade Educativa” (LOMCE) pretende espanholizar ainda mais as novas geraçons de galegas e galegos.

O conjunto de medidas adotadas contra a nossa língua e sinais medulares da cultura nacional som umha declaraçom de guerra contra a Galiza.

A tímida descentralizaçom administrativa do “Estado das Autonomias” está permanentemente pendendo de um fino fio, sob a enganosa justificaçom de reduzir despesas e suprimir duplicidades administrativas.

Espanha é a nossa ruína

Sob a opressom nacional espanhola, a Galiza está condenada a seguir empobrecendo-se, forçada a ser economicamente inviável, perpetuando o papel de mera fornecedora de matérias primas e energia, de mao de obra barata, território onde implantar indústria de enclave hipercontaminante, ao serviço dos oligopólios e das multinacionais estrangeiras.

A mesma Espanha submetida aos diktados de Berlim, mais similar a um neoprotetorado da troika que a um Estado soberano, segue a conceber-nos e tratando-nos com umha mentalidade colonial, considerando que nos pode saquear ou vender ao melhor postor.

Que perguntem à populaçom de Corcoesto, condenada a ver como as águas do rio Alhons e a riqueza natural da Comarca de Bergantinhos, vam ser novamente envenenadas com arsénico pola canadiana Edgewater Exploration, para extrair ouro do seu subsolo, um século depois do brutal saqueio cometido pola británica Sagasta Gold Mines.

Que perguntem às vizinhas e vizinhos da ribeira do Arnoia, onde as multinacionais elétricas pretendem construir novas barragens à custa de destruir o património natural e a economia agro-pecuária que alimentam as águas procedentes da serra de Sam Mamede.

Ou como interpretar a demolidora evoluçom demográfica do País. Segundo os prognósticos, a Galiza perderá mais de 140 mil pessoas na vindoura década, um pouco mais de 5% da populaçom atual, no que nom pode deixar de ser definido como um etnocídio perfeitamente planificado.

Ofensiva patriarcal contra as mulheres

As mulheres, o setor social maioritário na Galiza de 2013, tem padecido sobre as suas costas umha sobrecarga destas medidas, pola aliança da ofensiva burguesa com o patriarcado.

A crise provocou umha agudizaçom das condiçons sociolaborais da mulheres, reforçando assim a sua marginalizaçom, exploraçom e opressom.

O terrorismo machista matou na Galiza seis mulheres em 2012.

As mulheres devem cumprir um rol dirigente e protagónica nas luitas, tingindo-as de lilás feminista e antipatriarcal.

Os ricos cada vez mais ricos

Esta ofensiva global, ilimitada e permanente, que sob a justificaçom de reduzir o défice e sanear as contas públicas, só procura disciplinar e derrotar a classe obreira, aterrorizar os setores populares, aniquilar a Naçom Galega, para mediante a aplicaçom da doutrina do shock implantar um capitalismo selvagem, recuperando as relaçons laborais decimonónicas. Avançamos face a instauraçom de umha pós-democracia burguesa caraterizada polo autoritarismo e a repressom.

O conjunto de medidas adotadas neste ámbito confirmam esta tendência. Manipulaçom e censura informativa, impunidade policial, incremento disparatado das despesas em material repressivo, endurecimento progressivo e constante do Código Penal, privatizaçom da justiça, som um conjunto de decisons interligadas que procuram amedrontar para dissuadir o nosso povo de luitar.

Mas enquanto o povo trabalhador se empobrece, sofre, é condenado à emigraçom, perde direitos e liberdades, a oligarquia é cada dia mais rica.

O poder económico e a riqueza tem-se concentrado e incrementado simultaneamente ao processo de depauperaçom generalizada.

Os mais ricos da Galiza tenhem um património “reconhecido” superior ao da maioria dos galegos e galegas.

Amáncio Ortega, Rosalia Mera, Manuel Jove, José António Castro de Sousa, José Maria e Manuel Fernández de Sousa-Faro, José Manuel Loureda, Jacinto Rey, Pablo Isla, Luís Fernández Somoza, família Freire, Manuel Añón, Isabel Castelo, por só citar algumhas das mais destacadas fortunas deste País, acumulam a propriedade da maioria das fábricas e indústrias, minas e imóveis, bancos e seguradoras, som os reis e senhores da Galiza, os que marcam e decidem as linhas mestras da ofensiva burguesa que a a casta política assalariada se encarrega de legislar. No fim de contas, os governos de Rajói e Feijó som meros gestores do grande capital.

2012 também foi un ano de luitas

As ruas e centros de trabalho e ensino do País fôrom um constante fervedoiro de reivindicaçons, manifestaçons, protestos e luitas polo emprego, contra a reforma laboral, na defesa do ensino e a sanidade pública, contra os despejos, pola recuperaçom do dinheiro das preferentes. Proletariado e conjunto da classe trabalhadora galega aderírom de forma maioritária às greves gerais de 29 de março e 14 de novembro.

Mas o incremento progressivo da conflituosidade social e laboral, a modesta radicalizaçom que se vai produzindo, ainda está por baixo das necessidades e da gravidade da situaçom.

Tenhem sido luitas maciças e clamorosas em muitos casos, mais sempre isoladas e esporádicas, sem um fio condutor nem um programa integrador.

A falta de vontade política das direçons do sindicalismo maioritário tem impossibilitado até o momento promover um movimento de massas com umha estratégia permanente e encadeada de luita para frear a ofensiva burguesa e criar poder popular.

O reformismo emprega as greves gerais, as grandes mobilizaçons de massas, como simples válvulas de escape, vazias de conteúdo, para facilitar rebaixar as enormes tensons sociais que geram as políticas ultraliberais. Nom as concebe como um mecanismos de acumulaçom de forças, como ferramentas defensivas que permitam criar consciência e abrir espaços de contrapoder obreiro e popular.

2013 vai ser um ano similar

Agora, longe de euforias e falácias, som também os próprios responsáveis pola desfeita social e nacional que padecemos que já nom podem ocultar nem maquilhar a ofensiva.

Já nom se pode evitar deixar de prognosticar que o novo ano que hoje iniciamos vai ser mui duro. Mas, diferentemente da contençom que solicitou há uns dias Rajói e da inevitablidade das medidas adotadas, é necessário alargar e radicalizar as luitas e construir simultaneamente umha alternativa socialista, feminista e patriótica ao caos a que nos está a conduzir o capitalismo.

A luita é o único caminho frente às superstiçons eleitorais

Os recentes resultados das eleiçons autonómicas constatárom um saudável incremento da desafetaçom de umha considerável parte do nosso povo com a casta política corrupta e cleptocrática que padecemos, mas também reforçárom e atualizárom as nefastas tendências a acreditar nas ilusons da via parlamentarista como melhor caminho para mudar as políticas reacionárias.

Primeira Linha nom participou no engano “unitarista” que facilitou a confluência de umha parte dos reformismos autóctones com o espanholista, na plataforma eleitoralista denominada AGE. Mais alá de atrativos fogos de artifício e de fumo de cores, o sucesso nas urnas nom vai contribuir par o rearmamento político, ideológico e organizativo do movimento obreiro e popular. Tam só vai atrasar o processo revolucionário galego distraindo as massas das suas tarefas e objetivos.

Tampouco acreditamos nos cantos de sereia do noqueado BNG. Perplexa e abatida polo retrocesso eleitoral, a sua direçom agora pretende -de forma tam oportunista como falsa-, promover virtuais operaçons de reformulaçons do espaço da esquerda soberanista. Simples declaraçons de intençons retóricas para ganhar tempo, curar feridas e reconfigurar-se.

As comunistas galegas mom queremos enganar o nosso povo e a nossa classe. A única alternativa viável para as imensas maiorias à crise capitalista passa por umha saída política. Esta nom virá determinada exclusiva, nem fundamentalmente, pola via elitoral. Mas sim de umha combinaçom complementar da luita de massas, eleitoral e de confronto com Espanha, o Patricado e o Capital.

A rebeliom popular deve ser umha atitude e umha prática para mudar o curso dos acontecimentos e virar o imposto roteiro que a burguesia tem traçado.

Construir umha alternativa revolucionária

É necessário e urgente que a Pátria e a sua classe obreira se dote de umha alternativa revolucionária com projeçom e apoio de massas.

Nom pode ser fruto de enxertos nem simplesmente de fórmulas elaboradas nos laboratórios sociais e políticos.

Há que moldá-la e construí-la nas luitas quotidianas, parciais e setoriais, nas ruas e nos centros de trabalho e ensino, em base a açom teórico-prática de milhares de honestos ativistas dos movimentos sociais, do sindicalismo, de militantes revolucionárias, das experiências acumuladas em anos de praxe de muitas derrotas e poucas vitórias.

Tem que fugir de minimalismos, de ambigüidades e complexos, procurando mestizagens e convergências, em base a um programa avançado, de caráter ruturista e revolucionário que ligue o combate contra o capitalismo e o patriarcado à intransigente defesa da independência e soberania nacional da Galiza.

2013 deve assistir a avanços nesta direçom. Primeira Linha achegará a sua experiência e trajetória a contribuir modestamente para a construçom desse espaço anticapitalista, feminista e independentista que a Pátria necessita.

Com @s que luitam

Nom queremos despedir este 2012 sem saudar a Galiza rebelde e combativa, a toda a juventude, as mulheres e homens da classe obreira que luitárom nas suas respetivas trincheiras de combate contra as agressons em curso, com destaque para os e as presas políticas galegas, com especial carinho a Telmo Varela, encarcerado em Topas (Salamanca).

A todas elas, e a familiares e amizades, enviamos umha saudaçom comunista, patriótica e feminista.

Saudaçom que fazemos extensível ao conjunto do movimento popular galego e a todas aqueles coletivos e organizaçons que luitam sem trégua.

Antes mort@s que escrav@s!

itória sempre!

Viva Galiza livre, socialista e feminista!

Viva a Revoluçom Galega!

Comité Central de Primeira Linha

Galiza, 1 de janeiro de 2013

Castellano

Tal como pronosticábamos hace exactamente ahora un año, los 365 días de 2012 fueron nefastos para los intereses de la clase obrera, de los sectores populares y del proyecto nacional.

Nosotras, las comunistas galegas, los comunistas galegos, no estamos decepcionados con el gobierno español,ni con su sucursal en la Comunidad Autónoma, porque nunca confiamos en las promesas ni en las demagogias de las fracciones más reaccionarias de la burguesía.

2012 ha sido un año de permanentes agresiones contra los tímidos derechos adquiridos, de constantes recortes en las conquistas sociales y laborales, de involución en las libertades básicas, de endurecimiento del patriarcado y del españolismo.

El gobierno de Mariano Rajoi profundizó en las políticas neoliberales de Zapatero, aplicando durísimas medidas socioeconómicias tendentes a hacer recaer sobre el pueblo trabajador las consecuencias de la crisis capitalista.

2012 ha sido el año de distribución importante e indiscriminada de dolor, tal como de forma descarnada manifestó el ministro español de (in)justicia Ruiz-Gallardón.

Un año de retrocesos y derrotas

El balance constata que perdemos poder adquisitivo y derechos. La reforma laboral legalizó u abarató aún más el despido libre. Vemos reducida la prestación por desempleo.

Ha sido incrementada la edad de jubilación y no han sido revalorizadas las pensiones de acuerdo con el IPC. Las personas mayores han sido uno de los sectores sociales más golpeados por el PP.

Más de 30.000 trabajadoras y trabajadores galegos pasaron a engrosar el desempleo, aproximándose a cerca de 300 mil el número de compatriotas que no tienen trabajo.

Ante la ausencia de alternativas laborales, una parte destacada de la juventud, básicamente la más preparada, es forzada a emigrar para garantizar un mínimo futuro.

Bajamos los salarios del proletariado industrial y de la función pública, incrementando las jornadas de trabajo.

Subieron los impuestos al pueblo trabajador, aumentando el IVA y el IBI. Suprimieron ayudas y subsidios sociales, paralizando la de por sí tímida Ley de Dependencia.

Aceleraron la privatización de la sanidad mediante el copago farmacéutico, eliminando subsidio a 417 medicamentos, suprimiendo los derechos a la salud de la población inmigrante, y reduciendo la inversión en hospitales y centros de salud.

Idéntica receta aplicaron en la educación, empeorando las condiciones de trabajo del profesorado, subiendo las tasas universitarias, reduciendo el presupuesto para así condenar la educación pública a su deterioro, mientras su subsidia la educación privada.

Más de 6.000 familias perdieron sus casas en 2012 por no poder pagar los créditos hipotecarios. Cada día se producen en Galiza 17 desahucios por la voracidad de la banca.

Superan los 40.000 el número de familias que perdieron buena parte de los ahorros de su vida, mediante la legalización del robo realizado por las entidades bancarias por culpa de las decisiones adoptadas por la casta política.

Aumentaron los precios de los productos básicos de primera necesidad, el gas, la electricidad, el transporte.

Las consecuencias de este cuadro son diáfanas e indiscutibles: aumentó la exclusión social y la pobreza, las dificultades para llegar a fin de mes, y las condiciones de vida de las inmensas mayorías.

Incremento del centralismo españolista.

Simultáneamente a esta ofensiva burguesa contra todas y todos nosotr@s, el gobierno del PP profundizó en la centralización política españolista con el objetivo de destruir el proyecto nacional galego.

Las medidas legislativas del Ministerio español de Educación son una auténtica contrarreforma educativa de carácter reaccionario y clerical. La denominada "Ley Orgánica para la Mejora de la Calidad Educativa" (LOMCE) pretende españolizar aún más las nuevas generaciones de galegas y galegas.

El conjunto de medidas adoptadas contra nuestra lengua y señales medulares de la cultura nacional son una declaración de guerra contra Galiza.

La tímida descentralización administrativa del "Estado de las Autonomías" está permanentemente dependiendo de un fino hilo bajo la engañosa justificación de reducir gast9os y suprimir duplicidades administrativas.

España es nuestra ruína.

Bajo la opresión nacional española, Galiza está condenada a seguir empobreciéndose, forzada a ser económicamente inviable, perpetuando el papel de mera abastecedora de materias primas y energía, de mano de obra barata, además de implantar industria de enclave hipercontaminante, al servicio de los oligopolios y de las multinacionales extranjeras.

La misma España sometida a los dictados de Berlín, pero similar a un neoprotectorado de la troika que a un Estado soberano, sigue concibiéndonos y tratándonos con una mentalidad colonial, considerando que nos puede saquear o vender al mejor postor.

Que le pregunten a la población de Corcoesto, condenada a ver como las aguas del río Alhons y la riqueza natural de la Comarca de Bergantiños, van a ser de nuevo envenenadas con arsénico por la canadiana Edgewater Exploration, para extraer oro de su subsuelo, un siglo después del brutal saqueo cometido por la británica Sagasta Gold Mines.

Que pregunten a las vecinas y vecinos de la ribera del Arnoia, donde las multinacionales eléctricas pretenden construir nuevos embalses a costa de destruir el patrimonio natural y la economía agro-pecuaria que alimentan las aguas procedentes de la sierra de San Mamed.

O como interpretar la demoledora evolución demográfica del País. Según los pronósticos, Galiza perderá más de 140 mil personas en la próxima década, un poco más del 5% de la población actual, en que no puede dejar de ser definido como un etnocidio perfectamente planificado.

Ofensiva patriarcal contra las mujeres

Las mujeres, el sector social mayoritario en Galiza de 2013, ha padecido sobre sus espaldas una sobrecarga de estas medidas, por la alianza de la ofensiva burguesa con el patriarcado.

La crisis provocó una agudización de las condiciones sociolaborales de las mujeres, reforzando así su marginalización, explotación y opresión.

El terrorismo machista mató en Galiza a seis mujeres en 2012.

Las mujeres debem cumplir un rol dirigente y protagónica en las luchas, tiñéndolas de lila feminista y antipatriarcal.

Los ricos son cada vez más ricos

Esta ofensiva global, ilimitada y permanente, que bajo la justificación de reducir el déficit y sanear las cuentas públicas, sólo busca disciplinar y derrotar a la clase obrera, aterrorizar a los sectores populares, aniquilar a la Nación Galega, para mediante la aplicación de la doctrina del shock implantar un capitalismo salvaje, recuperando las relaciones laborales decimonónicas. Avanzamos hacia la instauración de una pós-democracia burguesa caracterizada por el autoritarismo y la represión.

El conjunto de medidas adoptadas en este ámbito confirman esta tendencia. Manipulación y censura informativa, impunidad policial, incremento disparatado de gastos en material represivo, endurecimiento progresivo y constante del Código Penal, privatización de la justicia, son un conjunto de decisiones interligadas que buscan amedrentar para disuadir a nuestro pueblo de la lucha.

Pero mientras el pueblo trabajador se empobrece, sufre, es condenado a la emigración, pierde derechos y libertades, la oligarquía es cada día más rica.

El poder económico y la riqueza se han concentrado e incrementado simultáneamente al proceso de depauperización generalizada.

Los más ricos de Galiza tienen un patrimonio "reconocido" superior al de la mayoría de los galegos y galegas.

Amancio Ortega, Rosalía Mera, Manuel Jove, José António Castro de Sousa, José María y Manuel Fernández de Sousa-Faro, José Manuel Loureda, Jacinto Rey, Pablo Isla, Luís Fernández Somoza, familia Freire, Manuel Añón, Isabel Castelo, por sólo citar algunas de las más destacadas fortunas de este país acumulan la propiedad de la mayoría de las fábricas e industrias, minas e inmuebles, bancos y aseguradoras, son los reyes y señores de Galiza, los que marcan y deciden las líneas maestras de la ofensiva burguesa que la casta política asalariada se encarga de legislar. A fin de cuentas los gobiernos de Rajoy y Feijóo son meros gestores del gran capital.


2012 también ha sido un año de luchas

Las calles y centros de trabajo y educación del País fueron un constante hervidero de reivindicaciones, manifestaciones, protestas y luchas por el empleo, contra la reforma laboral, en la defensa de la educación y la sanidad pública, contra los desahucios, por la recuperación del dinero de las preferentes. Proletariado y el conjunto de la clase trabajadora galega se adhirieron de forma mayoritaria a las huelgas generales del 29 de marzo y del 14 de noviembre.

Pero el incremento progresivo de los conflictos sociales y laborales, la modesta radicalización que se va produciendo, aún está muy por debajo de las necesidades y de la gravedad de la situación.

Han sido luchas importantes y clamorosas en muchos casos, pero siempre aisladas y esporádicas, sin un hilo conductor ni un programa integrador.

La falta de voluntad política de las direcciones del sindicalismo mayoritario ha imposibilitado hasta el momento promover un movimiento de masas con una estrategia permanente y encadenada de lucha para frenar la ofensiva burguesa y crear poder popular

El reformismo emplea las huelgas generales, las grandes movilizaciones de masas, como simples válvulas de escape, vacías de contenido, para facilitar el rebajar las enormes tensiones sociales que generan las políticas ultraliberales. No las concibe como un mecanismo de acumulación de fuerzas, como herramientas defensivas que permitan crear conciencia y abrir espacios de contrapoder obrero y popular.


2013 será un año similar

Ahora, lejos de euforias y falacias, son también los propios responsables de este estropicio social y nacional que padecemos, siendo imposible ocultar ni maquillar la ofensiva.

Ya es imposible dejar de pronosticar que el nuevo año que hoy iniciamos será también muy duro. Pero, a diferencia de la contención que solicitó hace unos días Rajoi y de la inevitabilidad de las medidas adoptadas es necesario alargar y radicalizar las luchas y construir sumultáneamente una alternativa socialista, feminista y patriotica al caos que nos está conduciendo el capitalismo.


La lucha es el único camino frente a las supersticiones electorales

Los recientes resultados de las elecciones autonómicias constataron un saludable incremento de la desafectación de una considerable parte de nuestro pueblo con la casta política corrupta y cleptocrática que padecemos, pero también reforzaron y actualizaron las nefastas tendencias a creer en las ilusionees de la vía parlamentaria como mejor camino para cambiar las políticas reaccionarias.

Primeira Linha no participó en el engaño "unitarista" que facilitó la confluencia de una parte de los reformismos autóctonos con lo españolista, en la plataforma electoraslista denominada AGE. Pero más allá de atractivos fuegos de artificio y de humo de colores, los acontecimientos en las urnas no contribuirán al rearme político, ideológico, y organizativo del movimiento obrero y popular. Tan sólo atrasará el proceso revolucionario galego distrayendo a las masas de sus tareas y objetivos.

Tampoco creemos en los cantos de sirena del BNG. Perplejo y abatido por el retroceso electoral, su dirección ahora pretende -de forma tan oportunista como falsa-, promover virtuales operaciones de reformulación del espacio de la izquierda soberanista. Simples declaraciones de intenciones retóricas para ganar tiempo, curar heridas y reconfigurarse.

Las comunistas galegas no queremos engañar a nuestro pueblo y a nuestra clase. La única alternativa viable para las inmensas mayorías a la crisis capitalista pasa por una salida política. Estano vendrá determinada exclusiva, ni fundamentalmente, por la vía electoral. Pero si por una combinación complementaria de la lucha de masas, electoral y de enfrentamiento con España, el Patriarcado y el Capital.

La rebelión popular debe ser una actitud y una práctica para cambiar el curso de los acontecimientos y girar el rumbo impuesto, trazado por la burguesía.

Construir una alternativa revolucionaria

Es necesario y urgente que la Patria y su clase obrera se dote de una alternativa revolucionaria con proyección y apoyo de masas.

No puede ser fruto de injertos ni simplemente de fórmulas elaboradas en los laboratorios sociales y políticos.

Hay que moldearla y construirla en las luchas cotidianas, parciales y sectoriales, en las calles y en los centros de trabajo y educación, en base a la acción teórico-práctica de miles de honestos activistas de los movimientos sociales, del sindicalismo, de militantes revolucionarios, de las experiencias acumuladas en años de praxis de muchas derrotas y pocas victorias.

Tiene que huir de minimalismos, de ambigüedades y complejos, procurando mestizajes y convergencias, en base a un programa avanzado, de carácter rupturista y revolucionario que una el combate contra el capitalismo y el patriarcado a la intransigente defensa de la independencia y soberanía nacional de Galiza.

2013 debe asistir a avances en esta dirección. Primeira Linha acercará su experiencia y trayectoria para contribuir modestamente en la construcción de este espacio anticapitalista, feminista, e independentista que l a Patria necesita.

No queremos despedir este 2012 sin saludar a la Galiza rebelde y combativa, a toda la juventud, a las mujeres y hombres de la clase obrera que lucharon en sus respectivas trincheras de combate contra las agresiones en curso, destacando especialmente a las presas y presos políticos galegos, con especial cariño a Telmo Varela, encarcelado en Topas (Salamanca).

A todas ellas, y a familiares y amistades, enviamos un saludo comunista, patriótica y feminista.

Saludo que hacemos extensible al conjunto del movimiento popular galego y a todos aquellos colectivos y organizaciones que luchan sin tregua.

Antes muert@s que esclav@s!

victória siempre!

Viva Galiza libre, socialista y feminista!

Viva la Revolución Galega!

Comité Central de Primeira Linha

Galiza, 1 de enero de 2013

 

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