lahaine.org
Nacionales Galiza :: 03/02/2013

[Gal/Cast] La Haine entrevista a Miguel Nicolás, combatiente galego, que será juzgado en breve

La Haine - Galiza
La represión desproporcionada contra nuestra clase demuestra que el Estado nos teme y debemos seguir hacia adelante y luchar.

Miguel Nicolás Aparicio é um jovem galego, recentemente excarcerado e que sofreu cadeia polo facto de defender os direitos das e dos trabalhadores. Prontamente vai ser julgado junto Telmo Varela para os que a fiscalia pede altas condenas de prisom.

La Haine Galiza mantivemos com Miguel umha conversa arredor da sua luitas, sua situaçom...

L. Miguel, foches detido pola policia espanhola e encadeado ¿Podes explicar-nos os motivos que derom em te levarem a esta situaçom quiçá desconhecidos polos que nom moram na Galiza?

M. Os motivos de chegarmos a esta situaçom, quer Telmo, quer eu próprio..., acho que foi parte das tentativas do Estado espanhol de amedrontar e desmobilizar à classe operária galega mais consciente, tentando criminalizar a defensa dos seus direitos dentro dum sindicalismo de classe galego e combativo além de continuar também com o rumo imposto pola Europa do capital, em que carregar acima da nossa classe o peso da sistémica crise capitalista em que nos submergirom, tendo em conta como resposta operária, o já assumível e pactuado com o sindicalismo claudicante que o próprio Regime subvenciona. Após as greves e mobilizaçons desenvoltas desde o 2009 que davam resposta às continuas agressons com as que o submisso e ajoelhado Estado Espanhol perante a Troika tentava arrebatar os nossos direitos atingidos durante décadas, privatizar os nossos serviços públicos e dilapidar os nossos setores produtivos. Foi atingida, asssim, a cifra de 250000 obreiros e obreiras galegas em situaçom de desemprego, cumha perspectiva de se acrescentar, junto à posterior ameaça de nom prorrogar os subsídios de 420 euros, tentando também desmantelar o nosso setor naval.

O Estado Espanhol, temeroso perante umha classe operária a cada vez mais consciente, enojada e farta de "pactos sociais", sob acusaçao dum ataque com coktéis molotov a umha oficina do Inem de Vigo, em dezembro de 2010, utilizou seu aparelho repressor e mediático para deternos primeiro a mim, e depois o Telmo, ambos sindicalistas da CUT, como os cabeças de turco com os que querer amedrontar à nossa classe, e tentar sufocar também através dos encarceramento, dispersom e leis antiterroristas, a progressiva radicalizaçom e reorganizaçom do povo trabalhador.

L. Naquele entom a situaçom era muito dura na Galiza e continua a sê-lo, cumha imensa quantidade e gravidade de problemas que levam a muita gente à rua a luitar polos seus direitos. ¿De quê jeito vês a situaçom social na Galiza?

M. A situaçom social atual na Galiza na minha opiniom, é dum progressivo empobrecimento da classe trabalhadora e de precariedade da mao de obra, em que a gente mais formada e preparada da história da nossa naçom, vê-se condenada ao desemprego ou à emigraçom.

Ao nom dispor nem exigir de jeito maioritário e contundente dum marco de relaçons sociais e laborais próprio, Galiza perdeu, por imposiçom da UE e de acordo com o Estado Espanhol, seus setores produtivos (agro, ganadeiro, pesca, metal, etc) junto com a industrializaçom com a que nos forom invadindo, além de continuar a sermos um abastecedor de mao de obra barata que tem como destino o Estado Espanhol e a Europa.

A chegada da crise no fim de 2007 evidenciou como o sistema capitalista mata e asfixia, sem qualquer respeito às pessoas e famílias, apenas sim, respeita os benefícios. Ainda que num primeiro momento, Galiza nom se viu tam afetada ao nom dependermos da borbulha imobiliária, agora já está na cabeça da destruiçom de emprego e miséria.

A nível social isto nom tem consequência numha resposta popular, achando-se fragmentada e sob controlo por parte dos governinhos e grandes sindicatos encarregados de garantir a "paz social", en troco de suculentas prebendas. Mais o descrédito vai-se acrescentando ao tempo que medra a radicalidade nos múltiplos conflitos e luitas a se espalharem pola Galiza, deixando a cada vez com mais clareza o afastamento da caste institucional, política e sindical do Regime, da realidade e vontade das classes populares.

Um dado muito significativo é o resultado do PP nas eleiçons autonómicas na Galiza, obtendo a maioria absoluta sem o aval do 75% da populaçom galega, na qual o 45% optamos por nom votar. O aumento da repressom é também um fator a termos en conta, já que malia as petiçons de cadeia ou sançons económicas realmente sangrantes, os atos de desobediência civil acontecem dia após dia atingindo mesmo significativas vitórias.

A carência dum referente político claro na Galiza, com a força de tirar pra frente em todas as luitas operárias e populares, contribue à fragmentaçom e à espontaneidade da maioria dos protestos, conseguir conjugá-los numha estratégia realmente decidida a mudar esse estado de cousas, é um dos nossos maiores reptos como povo trabalhador galego.

Entrementres, o desemprego, a precariedade e a emigraçom, continuam a ser a sangrante realidade destes dias, e que nalgúm momento tem de estoupar, nom sabemos por onde vai prender a mecha nem quando há ser, mas a classe trabalhadora está farta e começa perder o medo.

L. No tempo que estuveches sequestrado nas cadeias espanholas, qual era o trato dos carcereiros, a relaçom com os companheiros doutras naçons, e mesmo a relaçom com os presos sociais...

M. Pois do trato dos carcereiros apenas podo cuspir nojo, um nojo que vai além da sua atitude prepotente, borrega e repressora, que atinge até a impunidade com que abusam do poder dum uniforme com o que povocam e repartem pancadas à populaçom reclusa, humilham, agredem e torturam, fazendo registos de jeito arbitrário com arrogância e despreço, deixando as celas desfeitas após registá-las, respondendo a cada direito ou denúncia com um "nom procede", que apenas podes recorrer num julgado de vigilância penitenciar que quase sempre te ignora, ou quer desestima. Mas também é possível encontrar algúm carcereiro bom, mais qualquer deles que semelhe possuir algo de qualidade humana,nom deixa de ser cúmplice da injustiça, do abuso e da tortura.

Quanto a relaçom com os presos doutras naçons, mesmo com os presos políticos bascos e mais algúm do grapo com quem também tivem o prazer de conviver, apenas podo falar com gratitude, dos seus valores de companheirismo, inteireza e compromisso, do bom humor, paciência e cordura, da mao e sorriso que te ergue nos momentos de maior amargura e fraqueza, da qualidades, quer humanas quer revolucionárias, com as que malia a dramática e degradante realidade da cadeia, pudem viver experiências realmente muito enriquecedoras, construtivas e fermosas, sendo umha honra adquirir e assumir a minha condiçom de preso político galego junto e eles.

A Hodei, Israel, Josetxu, Gabi, Sebas, Manu, e a todos os Gudaris com os que convivim e da minha admiraçom, respeito e carinho, quero dar o meu agradecimento. Assim como meus desejos e luita polo cessamento da excepcionalidade penitenciar, polo cessamento da ilegítima doutrina parot e para que volvam pronto à casa.

Na relaçom com o resto de reclusos nom é possível geralizar, pois suporia um erro muito injusto, as condiçons pessoais e sociais que levarom a muitos e muitas à cadeia som próprias dum sistema degradante e contraditório, que nom tem interesse em reabilitar, senom de encerrar a quem molesta, para drogá-las, e degradá-las durante anos através dum regime carcerário imposto e com a que fazê-la sentir como umha merda.

Com certeza, muitas pessoas acabam insertas nas redes do lumpem, alienaçom, delaçons que o regime fomenta, mas também podes encontrar companheirismo, dignidade, unidade e complicidade contra o regime e seus lacaios.

Enfim..., o único maltratador e terroristas com os que convivim durante todo esse tempo, levavam uniforme.

L.Ao saires e regressar a Galiza, a tua pátria ¿Como é o recibimento da gente, sentes a calor e a solidariedade do povo trabalhador galego?

M. Após um recebimento muito emotivo que organizou o CSAMT (Comité de solidariedade e apoio a Miguel e Telmo) ao que assistirom junto ao povo trabalhador diversas correntes políticas, a calor recebido foi-se espalhando pola gente de meu bairro, amizades, e antigos companheiros e companheiras de trabalho, enchendo todo de ledícia, no alívio de volver a minha terra.

Mais Telmo continua preso, do mesmo jeito que 8 combatentes do nosso povo, durante minha estância no cárcere e libertade provisória, as detençons, sançons económicas, as montagens policiais, e as tam elevadas como surrealistas petiçons de cárcere com as que está a ser atacada a nossa gente mais comprometida e entregada, nom permite saborear demasiado o carinho com que fum recebido.

Ser consciente da agobiante, crua e injusta situaçom que estám a padecer hoje em dia nossa presa e presos políticos,junto seus familiares e amizades, fai-me sentir a necessidade e dever, de implicar-me ativamente na solidariedade e na luita por libertar a todas e todos os nossos Bons e Generosos que continuam sequestrados e dispersados polo Estado Espanhol.

L. Prontamente vai ser celebrado o juízo contra ti e contra o Telmo, e pedem-vos umha elevada condena de cadeia ¿Que perspectivas tedes, como propondes a defensa? Além disto tedes pensado dinamizar a solidariedade perante o vosso caso.

M. O enfrentarmo-nos com um juiço assinaladamente político, onde a instruçom da nossa causa está inçada de negligências por parte do aparelho policial e judicial, nossas perspectivas som bastante difusas. Somos bem conscientes da envergadura mediática que foi devagar adquirindo todo o processo. A procura desesperada duns cabeças de turco com que infundir medo na nossa classe, tivo como consequência um precipitado montagem policial cheio de lagoas e provas prefabricadas, que junto as mentiras e calunias dos mass-média que lhes servem, nem por um momento forom quem de se perceberem da nossa inocência.

Quer o ministério de Interior, quer o de Justiça, teriam de justificar nom só a vulneraçom da presunçom de inocência, senom toda a política de excepcionalidade que empregarom contra nós, lei antiterrorista, regime FIES3, dispersom..., num juiço que se celebrará em Vigo, em lugar de na Audiência nacional. Som conscientes de todas as negligências policiais e jurídicas com as que vulnerarom e atacarom a dous trabalhadores do naval, polo que vam tentar empregar toda a arbitrariedade e artimanhas possíveis com o alvo de dificultarem a nossa defensa e nos condenar exemplarmente.

Exemplos disto som, a nova retençom, restriçom e intervençom das comunicaçons de Telmo com o exterior a poucos dias do juiço, que foi deslocado até Galiza 5 dias naturais anteriores ao processo, depois de chantageá-lo com que se renunciava ao nosso atual avogado em troco de outro de ofício, traeriam-no a Galiza de jeito imediato. Sabem e sabemos, que ningum/ha profissional da avogacia que tente fazer eficientemente o seu trabalho, colheria um caso com 7000 fólios de sumário umha semana antes do juiço, ao que Telmo, que de parvo nom tem nada, negou-se.

Apesar de chegar esta quarta-feira à prisom de A Lama, ficando cinco dias naturais para o juiço, a nossa defensa realizará umha proposta de forma séria, técnica e rigorosa, mass contra um regime que arbitrariamente processa e condena com total impunidade, polo que a nossa melhor defensa há ser a presença do nosso povo trabalhador, junto a vários observadores que fagam pressom e obriguem a cumprir os nossos direitos e garantias judiciais. E sim, também achamos preciso continuarmos a socializar esta injustiça, fazendo um apelo à solidariedade ativa do conjunto do povo trabalhador. Agradecendo e colaborando com diversos coletivos como o Csamt, Ceivar, Que voltem a casa, e diferentes organizaçons e plataformas da nossa terra já que, quer Telmo coma eu próprio, e demáis presos e presas políticas, continuamos a luitar de jeito ativo, constante e sacrificadamente com o alvo de atingir a nossa liberdade.

L. E já para finalizar ¿Qual é a mensagem que desejas expressar ao provo galego nestes dias de crise, de abusos do capital e também de luita?

M. Quando repressom do Estado cai desproporcionadamente sobre a nossa classe, apenas demonstra que nos teme, que somos quem de atingirmos a vitória. Se está armado e disposto a combater, nom deve ser razom para volver atrás nem a nos amedrontar, ainda que o intentem, no entanto, devemos seguir pra frente com maior organizaçom ao tempo que construimos umha extensa e potente solidariedade com a que fazer frente a sua vaga repressiva. A luita é o único caminho, e só organizándoa e radicalizándoa poderemos caminhar pra frente e atingirmos vitórias.

Viva Galiza Ceive Viva Galiza Socialista Resistir e vencer. Muito obrigado a la haine, e a todos e todas polo vosso tempo.

Muito obrigad@s, de La Haine-Galiza transmitir-che a calor e ânimos que sem dúvida mereces

Castellano

Miguel Nicolás Aparicio es un joven galego, recientemente excarcelado y que ha sufrido cárcel por el mero hecho de defender los derechos de las y los trabajadores. Muy pronto será juzgado junto a Telmo Varela para los que la fiscalía pide altas condenas de prisión.

La Haine Galiza mantuvimos con Miguel una conversación alrededor de sus luchas, su situación...

L. Miguel, fuiste detenido por la policía española y encarcelado ¿Puedes explicarnos los motivos que te llevaron a esta situación quizá desconocidos por las y los que no viven en Galiza?

M. Los motivos que nos llevaron a esta situación, tanto a Telmo como a mi..., pienso que formaron parte de los intentos del Estado español de amedrentar y desmovilizar a la clase trabajadora galega más consciente, intentando también criminalizar la defensa de sus derechos dentro de un sindicalismo de clase galego y combativo, además de continuar con el rumbo impuesto por la Europa del capital, cargando sobre nuestra clase el peso de la sistémica crisis capitalista en que nos sumergieron, teniendo en cuenta como respuesta obrera, lo ya asumible y pactado con el sindicalismo claudicante que el propio régimen subvenciona. Después de las huelgas y movilizaciones desarrolladas desde el año 2009 que daban respuesta a las contínuas agresiones del sumiso y arrodillado Estado Español ante la Troika, con la que surgen intentos de arrebatar nuestros derechos adquiridos durante décadas de lucha, privatizar nuestros servicios públicos y dilapidar nuestros sectores productivos. Se alcanzó así la cifra de 250000 obreros y obreras galegas en situación de desempleo, con una perspectiva de aumentar, junto a la posterior amenaza de no prorrogar los subsidios de 420 euros, intentando también desmantelar nuestro sector naval.

El Estado español, temeroso ante una clase obrera cada vez más consciente, enojada y harta de "pactos sociales", bajo acusación de un ataque con cócteles molotov a una oficina del Inem de Vigo, en diciembre de 2010, utilizó su aparato represor y mediático para detenernos primero a mi, y después a Telmo, ambos sindicalistas de la CUT, como cabezas de turco con los que querer amedrentar a nuestra clase e intentar sofocar también a través del encarcelamiento, dispersión y leyes antiterroristas, la progresiva radicalización y reorganización del pueblo trabajador.

L. En aquel momento la situación era muy dura en Galiza y continúa siéndolo, con una inmensa cantidad y gravedad de problemas que llevan a mucha gente a la calle a luchar por sus derechos. ¿De qué manera ves la situación social en Galiza?

M. La situación social actual en Galiza en mi opinión, es de un progresivo empobrecimiento de la clase trabajadora y de precariedad de la mano de obra, en que la gente más formada y preparada de la historia de nuestra nación, se ve condenada al desempleo o a la emigración.

Al no disponer ni exigir de manera mayoritaria y contundente de un marco de relaciones sociales y laborales propio, Galiza perdió, por imposición de la UE, y de acuerdo con el Estado Español, sus sectores productivos (agro, ganadería, pesca, metal, etcétera) junto con la industrialización de enclave con la que nos fueron invadiendo, además de continuar a ser un abastecedor de mano de obra barata que tiene como destino el Estado Español y Europa.

La llegada de la crisis a fines del 2007 evidenció como el sistema capitalista mata y asfixia, sin ningún respeto a las personas y familias, apenas si, respeta los beneficios. Aún que en un primer momento, Galiza no se vio afectada al no depender de la burbuja inmobiliaria, ahora está a la cabeza en destrucción de empleo y miseria.

A nivel social esto no tiene una consecuencia en la respuesta popular, encontrándose esta, fragmentada y bajo control de los gobiernos y grandes sindicatos encargados de garantizar la "paz social", a cambio de suculentas prebendas. Pero el descrédito va creciendo al tiempo que crece también la radicalidad en los múltiples conflictos y luchas que se extienden por Galiza, dejando cada vez más nítida la distancia con la casta institucional, política y sindical del régimen, de la realidad y voluntad de las clases populares.

Un dato muy significativo es el resultado del PP en las elecciones autonómicas en Galiza, obteniendo la mayoría absoluta sin el aval del 75% de la población galega, en la cual el 45% optamos por no votar. El aumento de la represión es también un factor a tener en cuenta, ya que a pesar de las peticiones de cárcel o sanciones económicas realmente sangrantes, los actos de desobediencia civil se suceden día a día alcanzando incluso significativas victorias.

La carencia de un referente político claro en Galiza, con la fuerza de situarse al frente de todas las luchas obreras y populares, contribuye a la fragmentación y espontaneidad de la mayoría de las protestas, conseguir conjugarlos en una estrategia realmente decidida para cambiar este estado de cosas, es uno de nuestros mayores retos como pueblo trabajador galego.

Mientras, el desempleo, la precariedad y la emigración continúan siendo la sangrante realidad de estos días, y que en algún momento tendrá que explotar, no sabemos en que lugar prenderá la mecha ni cuando será, pero la clase trabajadora está harta y comienza a perder el miedo.

En el tiempo que estuviste secuestrado en las cárceles españolas, cuál era el trato de los carceleros, el trato con los compañeros de otras naciones, e incluso la relación con los presos sociales...

M. Pues del trato de los carceleros sólo puedo escupir con repugnancia, una repugnancia que va más allá de su actitud prepotente, aborregada y represora, que alcanza hasta la impunidad con que abusan del poder de un uniforme con el que provocan y reparten palizas a la población reclusa, humillan, agreden y torturan, haciendo cacheos arbitrarios con arrogancia y desprecio, dejando las celdas deshechas después de ser registradas, respondiendo a cada derecho o denuncia con un "no procede", que apenas puedes recurrir en un juzgado de vigilancia penitenciaria que casi siempre te ignora, o bien desestima. Pero también es posible encontrar algún carcelero bueno, pero cualquiera de ellos que parezca poseer algo de calidad humana, no deja de ser cómplice de la injusticia, del abuso y de la tortura.

En cuanto a la relación con los presos de otras naciones, incluso con los presos políticos vascos y alguno del grapo con quien tuve también el placer de convivir, apenas puedo hablar con gratitud, de sus valores de compañerismo, entereza y compromiso, del buen humor, paciencia y cordura, de la mano y sonrisa que te alza en los momentos de mayor amargura y flaqueza, de las cualidades tanto humanas como revolucionarias, con las que a pesar de la dramática y degradante realidad de la cárcel, pude vivir experiencias realmente muy enriquecidoras, constructivas y hermosas, siendo un honor adquirir y asumir mi condición de preso político galego junto a ellos.

A Hodei, Israel, Josetxu, Gabi, Sebas, Manu, y a todos los Gudaris con los que conviví y de mi admiración, respeto, y cariño, quiero dar mi agradecimiento. Así como mis deseos y lucha por el cese de la excepcionalidad penitenciaria, por el cese de la ilegítima doctrina parot y para que vuelvan pronto a casa.

En la relación con el resto de reclusos, no es posible generalizar, pues supondría un error muy injusto, las condiciones personales y sociales que llevaron a muchas y muchos a la cárcel son propias de un sistema degradante y contradictorio, que no tiene interés en rehabilitar, sino de encerrar a quien molesta para drogarla y degradarla durante años a través de un régimen carcelario impuesto y con el que hacer sentirte como una mierda.

Verdaderamente, muchas personas acaban insertas en las redes del lumpem, alienación, chivateo que el régimen fomenta, pero también puedes encontrar compañeros, dignidad, unidad y complicidad contra el régimen y sus lacayos.

Por último..., el único maltratador y terroristas con los que conviví durante todo este tiempo, llevaban uniforme.

Al salir y regresar a Galiza, a tu patria ¿Cómo es que te recibe la gente, sientes el calor y la solidaridad del pueblo trabajador galego?

M. Después de un recibimiento muy emotivo que organizó el CSAMT (Comité de solidaridad y apoyo a Miguel y Telmo) al que asistieron junto al pueblo trabajador diversas corrientes políticas, el calor recibido se fue extendiendo por la gente de mi barrio, amistades, y antiguos compañeros y compañeras de trabajo, llenándome de alegría, el alivio de volver a mi tierra.

Pero Telmo continúa preso, de la misma manera que 8 combatientes de nuestro pueblo, durante mi estancia en la cárcel y libertad provisional, las detenciones, sanciones económicas, los montajes policiales y las tan elevadas como surrealistas peticiones de cárcel con las que está siendo atacada nuestra gente más comprometida y entregada, no permite saborear demasiado el cariño con que fui recibido.

Ser consciente de la agobiante, cruda e injusta situación que están padeciendo hoy día nuestra presa y presos políticos, junto a sus familiares y amistades, me hace sntir la necesidad y el deber de implicarme activamente en la solidaridad y en la lucha por liberar a todas y todos nuestros Buenos y Generosos que continúan secuestrados y dispersados por el Estado Español.

L Muy pronto será celebrado el juicio contra ti y contra Telmo, os piden una elevada condena de cárcel ¿Qué perspectivas tenéis y cómo planteáis la defensa? Además de esto ¿Habéis pensado en dinamizar la solidaridad ante vuestro caso?

M. Al enfrentarnos con un juicio marcadamente político, donde la instrucción de nuestra causa está llena de negligencias por parte del aparato policial y judicial, nuestras perspectivas son bastante difusas. Somos conscientes de la envergadura mediática que fue adquiriendo todo el proceso. La búsqueda desesperada de unos cabezas de turco con que infundir miedo en nuestra clase, tuvo como consecuencia un precipitado montaje policial lleno de lagunas y pruebas prefabricadas, que junto a las mentiras y calumnias de los mass-media que le sirven, ni por un momento fueron quien de apreciar nuestra inocencia.

Tanto el ministerio de Interior, tanto el de Justicia, tendría que justificar no sólo la vulneración de la presunción de inocencia, sino toda la política de excepcionalidad que emplearon contra nosotros, ley antiterrorista, régimen FIES3, dispersión..., en un juicio que se celebrará en Vigo, en lugar de en la Audiencia nacional. Son conscientes de todas las negligencias policiales y jurídidas con las que vulneraron y atacaron a dos trabajadores del naval, por lo que intentarán emplear toda la arbitrariedad y artimañas posibles con el objetivo de dificultar nuestra defensa y condenarnos ejemplarmente.

Ejemplos de esto som, la nueva retención, restricción e intervención de las comunicaciones de Telmo con el exterior a pocos días del juicio, que fue trasladado hasta Galiza 5 días naturales anteriores al proceso, después de chantajearlo con que si renunciaba a nuestro actual abogado a cambio de otro de oficio, lo traerían a Galiza de manera inmediata. Saben y sabemos, que ningún/a profesional de la abogacía que intente realizar su trabajo eficientemente, cogería un caso con 7000 folios de sumario una semana antes del juicio, al que Telmo, que de parvo no tienen nada, se negó.

A pesar de llegar el miércoles de la pasada semana a la prisión de A Lama, quedando cinco días naturales para el juicio, nuestra defensa realizará un planteamiento de forma seria, técnica y rigurosa, pero contra un régimen que arbitrariamente procesa y condena con total impuniidad, por lo que nuestra mejor defensa tendrá que ser la presencia de nuestro pueblo trabajador, junto a varios observadores que hagan presión y obliguen a cumplir nuestros derechos y garantías judiciales. Y si, también creemos necesario continuar a socializar esta injusticia, haciendo un llamamiento a la solidaridad activa del conjunto del pueblo trabajador. Agradeciendo y colaborando con diversos colectivos como el Csamt, Ceivar, Que voltem a casa, y diferentes organizaciones y plataformas de nuestra tierra ya que, tanto Telmo como yo mismo, y demás presos y presas políticas, continuamos luchando activamente, constante y sacrificadamente con el objetivo de alcanzar nuestra libertad.

L. Y ya para finalizar ¿Cuál es el mensaje que deseas expresar al pueblo galego en estos días de crisis, de abuso del capital y también de lucha?

M. Cuando la represión del Estado cae desproporcionadamente sobre nuestra clase, sólo demuestra que nos teme, que somos quien de alcanzar la victoria. Si está armado y dispuesto a combatir, no debe ser razón para volver atrás ni amedrentarse, aúnque lo intenten, más bien todo lo contrario debemos seguir adelante con mayor organización, al tiempo que construimos una extensa y potente solidaridad con la que hacer frente a su onda represiva. La lucha es el único camino, y sólo organizándola y radicalizándola podremos caminar adelante y alcanzar victorias.

Viva Galiza Ceive Viva Galiza Socialista Resistir e vencer.

Muchas gracias a la haine, y a todos y todas por vuestro tiempo.

Muchas gracias, de la Haine-Galiza transmitirte el calor y ánimos que sin duda mereces

 

Este sitio web utiliza 'cookies'. Si continúas navegando estás dando tu consentimiento para la aceptación de las mencionadas 'cookies' y la aceptación de nuestra política de 'cookies'.
o

La Haine - Proyecto de desobediencia informativa, acción directa y revolución social

::  [ Acerca de La Haine ]    [ Nota legal ]    Creative Commons License ::

Principal