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Nacionales Galiza :: 07/04/2013

Perante a nova transiçom e umha república espanhola: rutura democrática e República Galega

Carlos Morais
[Gal/Cast] Ante la nueva transición y una república española: ruptura democrática y República Galega

Galego

A imputaçom da infanta Cristina no caso Nóos e a filtraçom de umhas velhas fotografias do presidente da Junta da Galiza desfrutando dumha velada no iate de um destacado capo do narcotráfico arousano, som dous novos capítulos que podem contribuir para acelerar a crise do regime pós-franquista.

O modelo político imposto no período que oscila entre 1975-81 pola oligarquia espanhola, mediante um pacto assimétrico entre setores aberturistas do franquismo, a esquerda reformista (PCE e PSOE) e a burguesia catalá e basca, sob a tutelagem do imperialismo ianque e franco-alemám, atravessa um enorme descrédito entre amplos setores populares.

A monarquia, como instituiçom exemplar garante das “conquistas democráticas” e da unidade espanhola, foi durante décadas um fetiche inquestionável alicerçado em permanentes campanhas mediáticas de lifting que transmitiam umha imagem maquilhada de Juan Carlos e da sua família. Todo o que provinha da Zarzuela estivo submetido a umha férrea censura questionada por muito escassas vozes e poucas forças políticas e sociais.

Semelhava que todo o que procedia da família real estava carregado de umha áurea divina inquestionável polos súbditos da monarquia bourbónica. Este princípio, um dos eixos medulares dos opacos pactos da Transiçom, está a dia de hoje praticamente quebrado.

Os principais agentes da casta política corrupta que naquela altura furtárom a palavra ao povo, pactuando um modelo continuador da ditadura que em 1936 impujo a ferro e fogo um regime fascista na Galiza, ou bem falecêrom, ou bem já nom ocupam por razons basicamente de índole biológica, responsabilidades no aparelho do regime burguês espanhol.

Aqui poderia radicar umha das principais explicaçons para entendermos por que os mesmos meios de comunicaçom e aparelho judicial -que acompanhárom e contribuírom, baseando-se na manipulaçom e ocultaçom permanente da realidade e criminalizaçom da dissidência política, para a imposiçom deste regime durante três longas décadas- agora semelham competir por filtrar, divulgar e denunciar a intrínseca corrupçom da casta cleptocrática que nos governa e da monarquia que Franco impujo para deixar todo “atado e bem atado”.

Nom é casualidade que perante a grave multicrise que padece o Estado espanhol, com as suas particulares expressons no ámbito económico, social, político e institucional, a oligarquia pretenda repetir umha operaçom similar à de 1975-81.

As forças do regime som conscientes da enorme vulnerabilidade do sistema, da desafetaçom cada vez maior de segmentos destacados das massas com o modelo vigorante, mas também som conscientes das enormes debilidades do movimento popular pola ainda abrumadora hegemonia no seu seio das velhas e tradicionais forças reformistas e pactistas, e da fragmentaçom e debilidade do campo revolucionário.

Para perpetuar-se e saírem reforçados desta turbulenta e instável situaçom estám ensaiando diversas estratégias simultáneas traçadas polos think tanks, mas nom sempre fáceis de implementar polos contratempos permanentes. Estám preparando umha segunda transiçom, embora ainda nom tenhem completamente perfilado a sua forma e agenda.

Alternativas do regime

O regime é plenamente consciente do enorme desprestígio do modelo bipartidista e da decadência das suas duas principais expressons: PP e PSOE.

Conhecedor do elevado grau de mal-estar social, implementou inicialmente umha arriscada operaçom plasmada na promoçom de um movimento popular (15M) que contribuísse para amortecer as contradiçons e reduzir a pressom da onda. A iniciativa promovida na primavera de 2011 foi útil por quanto gerou enormes expetativas nas possibilidades de saídas políticas sem quebrar o sistema.

Porém, também foi contraproducente pois contribuiu para a incorporaçom de juventude à luita social e política, a recuperaçom de ativistas de geraçons decepcionadas, a situar a rua como espaço primordial da luita, e perante o desenlace frustrante de um movimento que reclamou mudanças parciais com um programa regeneracionista avançado, facilitou a radicalizaçom de umha parte dos ativistas.

Mas simultaneamente o regime também está promovendo a recomposiçom de um dos dous campos que a democracia burguesa necessita para garantir a estabilidade social que facilite a exploraçom da classe trabalhadora, a dominaçom patriarcal e a opressom das naçons oprimidas como a galega.

A “social-democracia” hegemonizada polo PSOE de 1982 é a grande vítima da multricise espanhola. De aí a necessidade de reconfigurar este campo com um discurso aparentemente mais radical. O que a nível estatal hoje representa IU, na Galiza é a coaligaçom AGE.

A burguesia espanhola é consciente da importáncia de contar com umha destacada força que aglutine eleitoralmente os setores mais progressistas e de esquerda do povo, para assim garantir a estabilidade do regime. Com um PSOE em queda livre e sem possibilidades imediatas de remontar, há que evitar que esses setores populares transitem para a esquerda revolucionária ou para posiçons asistémicas. As quais na Galiza só o podem ser se tenhem um programa indiscutivelmente patriótico favorável à soberania e independência nacional.

No quadro desta estratégia nom podemos infravalorizar as campanhas invisíveis tendentes a desprestigiar a política, e portanto a todas as forças políticas sem destinçom.

Umha saída populista autoritária nunca é descartada pola burguesia, e para preparar o terreno a esta nada improvável alternativa, que melhor que minar a legitimidade de todas as forças políticas e sociais, inclusive as de esquerda consequente com o “todos os políticos som iguais” e opinions similares.

Mas entre ambos os cenários: recompor o modelo da alternáncia eleitoral promovendo um(uns) substituto(s) ao PSOE, e um governo de concentraçom nacional dirigido por um tecnocrata imposto pola troika ou umha figura populista, nom descartam implementar umha arriscadíssima operaçom de ou bem facilitar a abdicaçom do caçador de elefantes polo seu filho, ou bem facilitar a implantaçom da III República espanhola.

Saída política ruturista

Nengumha destas duas alternativas, como tampouco as duas primeiras, som boas, e muito menos desejáveis, para os interesses objetivos da Galiza, das mulheres e da classe trabalhadora.

Trocar um membro da família real por outro é como trocar Rajói por Soraya Saénz de Santamaría. Mais do mesmo.

Substituir o Reino de Espanha por umha República nom trará mudanças de fundo, nem alterará o endurecimento das três agressons simultáneas que estamos padecendo: imposiçom do neoliberalismo selvagem, reinstauraçom do patriarcado em estado puro, e recentralizaçom espanholista para conseguir a plena assimilaçom do projeto nacional galego.

Porém, esta última opçom sim pode ser-lhes muito útil para anestesiar durante um longo período as luitas populares. Provocará umha enorme abalo social, um cataclismo no ámbito do imaginário coletivo, umha comoçom que embora sim reavivará os fantasmas do passado, será muito útil para descentrar e confundir as tarefas do movimento operário, feminista e de libertaçom nacional.

Mas também acelerará a integraçom definitiva da esquerda espanhola, neutralizando a principal bandeira que o pós-carrillismo leva agitando desde a mudança de século para recuperar o espaço e prestígio perdido polas suas traiçons e práticas conciliadoras.

O republicanismo espanhol, que compartilha idêntico paradigma com a direita mais cavernícola na defesa da unidade espanhola, lograria assim um triunfo efémero e meramente virtual, que provocará o seu ascenso eleitoral e portanto acelerará a sua posterior queda.

Promover umha mimética fórmula populista em estado puro como o italiano Movimento 5 estrelas de Beppe Grillo, o espanholismo neofascistizante de UPyD, o republicanismo espanhol de esquerda representado por IU e a constelaçom de grupos satélites, ou as alianças de heterogéneas forças que anteponhem o eixo esquerda/direita omitindo a sua interligaçom com a luita de libertaçom nacional, som algumhas das múltiplas possibilidades que hoje a oligarquia espanhola baralha como alternativas incómodas, mas possíveis, para manter a Espanha unida que o Capital necessita.

Porém, perante este cenário, tampouco servem fórmulas intermédias de endurecimento discursivo no ámbito social e nacional, se só pretendam ganhar tempo para recuperar o descrédito ganhado a pulso.

Estamos perante umha situaçom excecional para incidir no curso dos acontecimentos, sempre que a esquerda nacionalista e a esquerda independentista e socialista galega logrem construir um espaço integrador de mobilizaçom, conscientizaçom e luita de massas em base a umha ampla aliança de programa avançado.

A multicrise do regime só se vai dirimir em sentido positivo para as grandes maiorias, as mulheres e a pátria galega, se conseguirmos convencer o nosso povo mediante pedagogia de massas que a soluçom à prática totalidade dos problemas e dramas quotidianos que sofremos, nom tenhem cabimento no quadro de Espanha e do capitalismo. Que é necessário soprarmos coletivamente para promover um furacám revolucionário baseado na rutura democrática e um processo constituinte galego que culmine na instauraçom da I República Galega, de claro caráter socialista.

Temos responsabilidades em construir este cenário. Do contrário, voltaremos a sofrer umha derrota ainda maior que a de 1975-81.

Galiza, 3 de abril de 2013, no 167 aniversário da Revoluçom Progressista Galega

Castellano

La imputación de la infanta Cristina en el caso Nóos y la filtración de unas viejas fotografías del presidente de la Junta de Galiza disfrutando de una velada en el yate de un destacado capo del narcrófico arousano, son dos nuevos capítulos que pueden contribuir a acelerar la crisis del régimen pos-franquista.

El modelo político impuesto en el período que oscila entre 1975-1981 por la oligarquía española, mediante un pacto asimétrico entre sectores aperturistas del franquismo, la izquierda reformista (PCE-PSOE) y la burgusía catalana y vasca, bajo la tutela del imperialismo yanqui y franco-alemán, atraviesa un enorme descrédito entre amplios sectores populares.

La monarquía, como institución ejemplar garante de las "conquistas democráticas" y de la unidad española, fue durante décadas un fetiche incuestionable en base a permanentes campañas mediáticas de lifting que transmitían una imagen maquillada de Juan Carlos y de su familia. Todo lo que provenga de la Zarzuela estuvo sometido a una férrea censura cuestionada por muy escasas voces y pocas fuerzas políticas y sociales.

Parecía que todo lo que procedía de la familia real estaba cargado de un aura divina incuestionable por los súbditos de la monarquía borbónica. Este principio, uno de los ejes medulares de los opacos pactos de la Transición, está a día de hoy prácticamente quebrado.

Los principales agentes de la casta política corrupta que en aquel momento hurtaron la palabra al pueblo, pactando un modelo continuador de la dictadura que en 1936 impuso a sangre y fuego un régimen fascista en Galiza, o bien fallecieron, o bien ya no ocupan por razones básicamente de índole biológica, responsabilidades en el aparato del régimen burgués español.

Aquí podría radicar una de las principales explicaciones para comprender por qué los mismos medios de comunicación y aparato judicial -que acompañaron y contribuyeron, en base a manipulación y ocultación permanente de la realidad y criminalización de la disidencia política, a la imposición de este régimen durante tres largas décadas- ahora parecen competir por filtrar, divulgar y denunciar la intrínseca corrupción de la casta cleptocrática que nos gobierna y de la monarquía que Franco impuso para dejar todo "atado y bien atado".

No es casualidad que ante la grave multicrisis que padece el Estado español, con sus particulares expresiones en el ámbito económico, social, político e institucional, la oligarquía pretenda repetir una operación similar a la de 1975-81.

Las fuerzas del régimen son conscientes de la enorme vulnerabilidad del sistema, de la desafectación cada vez mayor de segmentos destacados de las masas con el modelo en vigor, pero también son conscientes de las enormes debilidades del movimiento popular por la aún abrumadora hegemonía en su seno de las viejas y tradicionales forzas reformistas y pactistas, y de la fragmentación y debilidad del campo revolucionario.

Para perpetuarse y salir reforzados de esta turbulenta e inestable situación están ensayando diversas estrategias sumultáneas trazadas por los thinks tanks, pero no siempre fáciles de implementar por los contratiempos permanentes. Están preparando una segunda transición, aunque aún no han perfilado completamente su forma y agenda.

Conocedor del elevado grado de malestar social, implementó inicialmente una arriestada operación plasmada en la promoción de un movimiento popular (15M) que contribuyese a adormecer las contradicciones y reducir la presión de la olla. La iniciativa promovida en la primavera del 2011 fue útil ya que generó enormes expectativas en las posibilidades de salidas políticas sin quebrar el sistema.

Alternativas del Régimen

El régimen es plenamente consciente del enorme desprestigio del modelo bipartidista y de la decadencia de sus dos principales expresiones: PP y PSOE

Sin embargo también fue contraproducente ya que contribuyó a la incorporación de la jentud a la lucha social y política, a la recuperación de activistas de generaciones decepcionadas, a situar la calle como espacio primordial de lucha, y ante el desenlace frustrante de un movimiento que reclamó cambios parciales con un programa regeneracionista avanzado, facilitó la radicalización de una parte de los activistas.

Pero simultáneamente el régimen también está promoviendo la recomposición de uno de los dos campos que la democracia burguesa necesita para garantizar la estabilidad social que facilite la explotación de la clase trabajadora, la dominación parcial y la opresión de las naciones oprimidas como la galega.

La "social-democracia" hegemonizada por el PSOE de 1982 es la gran víctima de la multicrisis española. De ahí la necesidad de reconfigurar este campo con un discurso aparentemente más radical. Lo que a nivel estatal hoy representa IU, en Galiza es la coalición AGE.

La burguesía española es consciente de la importancia de contar con una destacada fuerza que aglutine electoralmente a los sectores más progresistas y de izquierda del pueblo, para así garantizar la estabilidad del régimen. Con un PSOE en caída libre y sin posibilidades inmediatas de remontar, hay que evitar que esos sectores populares transiten hacia la izquierda revolucionaria o hacia posiciones asistémicas. Las cuales en Galiza sólo lo pueden ser si tienen un programa indiscutiblemente patriótico favorable a la soberanía e independencia nacional.

En el marco de esta estrategia no podemos infravalorar las campañas invisibles tendentes a desprestigiar la política, y por lo tanto a todas las fuerzas políticas sin distinción.

Una salida populista autoritaria nunca es descartada por la burguesía y para preparar el terreno a esta nada improbable alternativa, que mejor minar la legitimidad de todas las fuerzas políticas y sociales, inclusive las de izquierda consecuente en base a "todos los políticos son iguales" y opiniones similares.

Pero entre ambos escenarios: recomponer el modelo de alternancia electoral promiviendo un(unos) sustituto(s) al PSOE, y un gobierno de concentración nacional dirigidopor un tecnócrata impuesto por la troika o una figura populista, no descartan implementar una arriesgadísima operación, o bien faciliar la abdicación del cazador de elefantes por su hijo, o bien facilitar la implantación de la III República española.


Salida política rupturista

Ninguna de estas dos alternativas, como tampoco las dos primeras, son buenas, y mucho menos deseables, para los intereses objetivos de Galiza, de las mujeres y de la clase trabajadora.

Cambiar un miembro de la familia real por otro es como cambiar a Rajoi por Soraya Sainz de Santamaría. Más de lo mismo.

Sustituir el Reino de España por una República no traerá cambios de fonndo, ni alterará el endurecimiento de las tre agresiones simultáneas que estamos padeciendo: imposición del neoliberalismo salvaje, reinstauración del patriarcado en estado puro, y recentralización españolista para lograr la plena asimilación del proyecto nacional galego.

Sin embargo esta última opción, si, puede serles muy útil para anestesiar durante un largo período las luchas populares. Provocará un enorme shock social, un cataclismo en el ámbito del imaginario colectivo, una conmoción que sin embargo, si, reavivará los fantasmas del pasado, será muy útil para descentrar y confundir las tareas del movimiento obrero, feminista y de liberación nacional.

Pero también acelerará la integración definitiva de la izquierda española, neutralizando la principal bandera que el pós-carrillismo lleva agitando desde el cambio de siglo para recuperar el espacio y prestigio perdido por sus traiciones y prácticas conciliadoras.

El republicanismo español, que comparte idéntico paradigma con la derecha más cavernícola en la defensa de la unidad española, lograría así un triunfo efímero y meramente virtual, que provocará su ascenso electoral y por lo tanto acelerará su posterior caída.

Promover una mimética fórmula populista en estado puro como el italiano Movimiento 5 estrechas de Beppe Grillo, el españolismo neofascistizante de UPyD, el republicanismo español de izquierda representado por IY y la constelación de grupos satélites, o las alianzas de heterogéneas fuerzas que anteponen el eje izquierda/derecha omitiendo su interligazón con la lucha de liberación nacional, son algunas de las múltiples posibilidades que hoy la oligarquía española baraja como alternativas incómodas, pero posibles, para mantener la España unida que el capital necesita.

Sin embargo, ante este escenario, tampoco sirven fórmulas intermedias de endurecimiento discursivo en el ámbito social y nacional, si sólo pretenden ganar tiempo para recuperar el descrédito ganado a pulso.

Estamos ante una situación excepcional para incidir en el curso de los acontecimientos, siempre que la izquierda nacionalista y la izquierda independentista y socialista galega logren construir un espacio integrador de movilización, concienciación y lucha de masas en base a una amplia alianza de programa avanzado.

La multicrisis del régimen solo se va a dirimir en sentido positivo para las grandes mayorías, las mujeres y la patria galega, si conseguimos convencer a nuestro pueblo mediante pedagogía de masas que la solución a la práctica totalidad de los problemas y dramas cotidianos que sufrimos, no tienen cabida en el marco de España y del capitalismo. Que es necesario soplar colectivamente para promover un huracán revolucionario basado en la ruptura democrática y un proceso constituyente galego que culmine en la instauración de la I República Galega, de claro carácter socialista.

Tenemos responsabilidades en construir este escenario. De lo contrario, volveremos a sufrir una derrota aún mayor de la de 1975-81.

Galiza, 3 de abril de 2013, en el 167 aniversadio de la Revolución Progresista Galega

 

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