lahaine.org
Nacionales Galiza :: 21/07/2014

Rebeca Bravo (NÓS-UP): "Há que unir o conjunto da esquerda independentista e nacionalista"

Diario Liberdade
[Gal/Cast] La democracia real es la que permite el libre ejercicio de la autodeterminación de los pueblos de las naciones oprimidas

Galego

A poucos dias da jornada patriótica do 25 de Julho o Diário Liberdade entrevistou a porta-voz nacional de NÓS-Unidade Popular, Rebeca Bravo. Nesta conversa, para além do relativo às mobilizaçons do Dia da Pátria Galega, a dirigente independentista analisa as novidades da conjuntura política mais recente e aponta os objetivos da sua organizaçom no contexto atual.

Diário Liberdade - Recentemente a vossa organizaçom fazia público que, apesar da proposta feita às organizaçons do ámbito do nacionalismo e do independentismo para a convocatória de um Dia da Pátria unitário, esta nom foi possível. Porque nom foi possível?

Rebeca Bravo -NÓS-UP encaminhou 27 de maio umha proposta de manifestaçom unitária ao conjunto das forças patrióticas, obtendo como resposta o silêncio. Após mais de um mês de termos encaminhado esta iniciativa, mantivemos reunions com o BNG, que manifestou amavelmente nom existirem condiçons para tal cenário. Perante a impossibilidade de umha aliança ampla em base a um programa avançado, quer dizer, a unidade do nacionalismo e do independentismo, transmitimos aos companheiros e companheiras de Causa Galiza que NÓS-UP tinha decidio por quarto ano consecutivo convocar a manifestaçom independentista.

Lamentamos mais umha vez nom termos sido capazes de vertebrar umha resposta unitária das forças galegas no Dia da Pátria. Perante a dramática situaçom que atravessa o projeto nacional galego e a sua maioria social, é imprescindível dar passos firmes na unidade de açom. Daí que defendamos respostas conjuntas das forças da esquerda real, as que consideramos que a transformaçom social deve enquadrar-se no espaço de luita galego.

As responsabilidades som coletivas. Porém, nós apostamos sinceramente num Dia da Pátria que unisse todo o nacionalismo e independentismo numha única manifestaçom soberanista.


DL - Entom, finalmente, decidistes-vos pola convocatória de umha mobilizaçom própria para este 25 de Julho, repetindo o modelo escolhido nos últimos anos. Que dirias às pessoas que componhem a base social do independentismo e do soberanismo para que se decidissem a participar na manifestaçom de NÓS-UP?

Rebeca - A coerência política, a firmeza ideológica, a honestidade de um corpo militante organizado com umha prática de luita persistente. Somos um modesto e emergente projeto sociopolítico que acredita nas imensas potencialidades do nosso povo, para mediante a auto-organizaçom e a luita, conquistar o futuro.

Nos últimos anos temos mantido o leme do independentismo nas coordenadas da esquerda anticapitalista e socialista, defendendo a construçom um projeto de libertaçom nacional e social de género útil para o presente. Ao contrário que outras forças, nom nos deixamos arrastar polo oportunismo nem realizamos piruetas táticas. Seguimos desde 2001 onde sempre estivemos, luitando incansavelmente, com acertos e erros, mas de forma permanenente.

DL - Onde sim foi possível umha manifestaçom patriótica unitária foi no ámbito juvenil e estudantil. Como avaliades de NÓS-UP este facto e a sua continuidade a respeito do ano passado?

Rebeca - No ámbito juvenil, o independentismo tem umha maior musculatura relativa que no espaço adulto. Simultaneamente, a correlaçom de forças é desfavorável para as nom explicitamente independentistas.

Parabenizamos o conjunto das organizaçons juvenis e estudantis da esquerda patriótica por serem capazes um ano mais de demonstrar que a unidade nom só é possível, é imprescindível para fazermos frente a ofensiva espanholizadora, burguesa e patriarcal que está contribuindo para situar a Galiza e o seu povo trabalhador à beira de umha desfeita histórica.

Queremos destacar o determinante papel de BRIGA em todo este processo, pola sua madurez e lucidez na construçom deste ciclo político no movimento juvenil galego, impensável há dous anos.

DL - Passando a umha análise da conjuntura política dos últimos meses na Galiza e no campo da esquerda nacional, parece que o processo de recomposiçom da mesma iniciado há mais de dous anos está longe de ter finalizado. Como vês a situaçom atual e as perspetivas deste processo, do ponto de vista de NÓS-UP?

Rebeca - A histórica manifestaçom pola ruptura democrática e em prol de um processo constituinte galego de março de 2013 foi determinante para quebrar a enrocada situaçom em que estava instalada a esquerda patriótica, a injustificável ausência de diálogo e interlocuçom. Nós, a partir de 2012, fomos constatando que os movimentos polítícos do nacionalismo eram mais que declaraçons de intençons e, perante a viragem soberanista do BNG, optamos por mover ficha. Porém, o processo nestes 15 meses nom se pode qualificar de positivo, pois nom se aprofundou na unidade de açom e umha iniciativa que nós consideramos estratégica como a GPS está congelada.

Os fenómenos eleitorais das Autonómicas de 2012 e das recentes Europeias constatam um preocupante processo de espanholizaçom da intervençom e da lógica sociopolítica galega. O abandono do princípio de auto-organizaçom precedeu a entrega das chaves de ouro da referencialidade da luita a umha força espanhola e reformista por parte de um setor do nacionalismo galego. Se a isto acrescentarmos o fenómeno mediático de Podemos, o resultado é mais que preocupante.

DL - Quais podem ser as vias para fazer avançar a contruçom nacional e somar mais povo trabalhador à luita de libertaçom nacional, social e de género que a esquerda independentista defende?

Rebeca - É fundamental manter a firmeza no princípio medular da auto-organizaçom que propiciou a reconfiguraçom da esquerda patriótica há meio século. Há que manter a serenidade e nom se deixar arrastar nem confundir polo barulho ambiental. Tal como em 1989-1991 nom capitulamos na defesa dos princípios socialistas perante a derrota da URSS, hoje tampouco devemos abraçar de forma precipitada e irreflexiva unidades com projetos políticos que agem na Galiza como se fosse Múrcia ou La Rioja.

As forças de direçom galega e que acreditamos na Galiza temos que dar passos claros na configuraçom de um quadro galego de luita, o que nós denominamos pólo patriótico rupturista. O primeiro objetivo deste processo é configurar candidaturas de unidade popular com um programa soberanista, de esquerda avançada e feminista pra as Eleiçons municipais da primavera de 2015.

A refundaçom da esquerda patriótica deve ser a conclusom natural deste processo. Há que unir numha ampla, plural e abrangente organizaçom sociopolítica o conjunto da esquerda independentista e nacionalista. Temos o dever histórico de evitar um desastre que por mui anunciado que esteja será inevitável se nom agimos com coragem, urgência e visom longoprazista.

DL - Todo isto enquadra-se num contexto de crise do regime onde a oligarquia está a dar passos, como a mudança no seio da monarquia espanhola, na linha de dar umha imagem de renovaçom. Esta mudança impulsionou o debate sobre as alternativas ao regime desde as diversas esquerdas atuantes na Galiza: ruptura ou reforma, atuaçom centrada na Galiza ou em Madrid, República galega ou República espanhola. Como avaliades o processo mobilizador das últimas semanas e todos estes debates?

Rebeca - O regime espanhol da II Restauraçom bourbónica atravessa umha multricrise de caráter estrutural. Os resultados das Eleiçons europeias forçárom a implementaçom de mudanças -mais cométicas que reais-, embora com certas doses de risco, para recuperar a estabilidade política de um modelo cada vez mais desacreditado entre amplos setores da populaçom. Os partidos do bipartidarismo optárom por forçar a abdicaçom do Chefe do Estado espanhol seguindo as recomendaçons do grande capital.

O debate monarquia versus república foi positivo, porque permitiu desmascarar as posiçons oportunistas da esquerda espanhola, que só pretende ocupar um espaço de gestom no sistema. Também se constatou a enorme debilidade e raquitismo do movimento de massas na hora de apostar em mobilizaçons de caráter estritamente político. Nom é o mesmo sair à rua em defesa da sanidade ou educaçom pública, contra a reforma laboral, que exigir a mudança de modelo de Estado.

Nós optamos por aproveitar a conjuntura para dar umha batalha de ideias com caráter de massas, deixando claro que a única alternativa genuinamente rupturista e antissistémica é a defesa da República Galega,

O regime pode assumir umha III República se serve para garantir os enormes lucros das empresas do Ibex 35. Também para perpetuar a casta corrupta que nos desgoverna, para manter a estabilidade política alicerçada no desemprego, nos salários e pensons de miséria, na pobreza e exclusom social, na emigraçom juvenil, na destruiçom das conquistas sociais no ámbito da sanidade e educaçom pública. Em definitivo, a unidade do mercado denominada Espanha.

A única forma de mudar isto, de avançar em direçom à transformaçom que arelam cada vez mais setores sociais, é mediante a abertura de processos constituintes que reconheçam o exercício de autodeterminaçom das naçons oprimidas. Sem esta premissa democrática, nom há mudança real.


Castellano

A pocos días de la jornada patriótica del 25 de julio el Diario Liberdade entrevistó a la portavoz nacional de NÓS-Unidade Popular, Rebeca Bravo. En esta conversación, además de lo relativo a las movilizaciones del Día de la Patria Galega, la dirigente independentista analiza las novedades de la coyuntura política reciente y apunta los objetivos de su organización en el contexto actual.

Diário Liberdade- Recientemente vuestra organización hacía público que, a pesar de la propuesta hecha a las organizaciones del ámbito del nacionalismo y del independentismo para la convocatoria de un Día de la Patria unitario, esta no ha sido posible.

é no ha sido posible?

Rebeca Bravo -NÓS-UP envió el 27 de mayo una propuesta de manifestación unitaria al conjunto de las fuerzas patrióticas, obteniendo como respuesta el silencio. Después de más de un mes de haber enviado esta iniciativa, mantuvimos reuniones con el BNG, que manifestó amablemente no existir condiciones para tal escenario. Ante la imposibilidad de una alianza amplia en base a un programa avanzado, es decir, la unidad del nacionalismo y del independentismo, transmitimos a los compañeros y compañeras de Causa Galiza que NÓS-UP había decidido por cuarto año consecutivo convocar la manifestación independentista.

Lamentamos una vez más no haber sido capaces de vertebrar una respuesta unitaria de las fuerzas galegas para el Dìa de la Patria. Ante la dramática situación que atraviesa el proyecto nacional galego y su mayoría social, es imprescindible dar pasos firmes en la unidad de acción. De ahí que defendamos respuestas conjuntas de las fuerzas de la izquierda real, las que consideramos que la transformación social debe enmarcarse en el espacio de lucha galego.

Las responsabilidades son colectivas. Sin embargo, nosotr@s apostamos sinceramente en un Día de la Patria que uniese todo el nacionalismo e independentismo en una única manifestación soberanista.

DL - Es así que, finalmente, os decidisteis por una convocatoria de una movilización propia para este 25 de Julio, repitiendo el modelo escogido en los últimos años. ¿Que dirías a las personas que componen la base social del independentismo y del soberanismo para que se decidiesen a participar en la manifestación de NÓS-UP?

Rebeca - La coherencia política, la firmeza ideológica, la honestidad de un cuerpo militante organizado con una práctica dellucha persistente. Somos un modesto y emergente proyecto sociopolítico que cree en las inmensa potencialidades de nuestro pueblo, para mediante la auto-organización y la lucha, conquistemos el futuro.

En los últimos años hemos mantenido el timón del independentismo en las coordenadas de la izquierda anti-capitalista y socialista defendiendo la construcción de un proyecto de liberación nacional y social de género útil para el presente. Al contrario que otras fuerzas, no nos dejamos arrastrar por el oportunismo ni realizamos piruetas tácticas. Seguimos desde 2001 donde siempre hemos estado, luchando incansablemente, con aciertos y errores, pero de forma permanente.

DL -Donde ha sido posible una manifestación patriótica unitaria ha sido en el ámbito juvenil y estudiantil. ¿Cómo evaluáis desde NÓS-UP este hecho y su continuidad respecto del año pasado?

Rebeca -En el ámbito juvenil, el independentismo tiene una mayor musculatura relativa que en el espacio adulto. Simultáneamente, la correlación de fuerzas es desfavorable para las no explícitamente independentistas.

Felicitamos al conjunto de las organizaciones juveniles y estudiantiles de la izquierda patriótica por ser capaces un año más de demostrar que la unidad no sólo es posible, es imprescindible para hacer frente a la ofensiva españolizadora, burguesa y patriarcal que está contribuyendo para situar Galiza y su pueblo trabajador al lado de un descalabro histórico.

Queremos subrayar el determinante papel de BRIGA en todo este proceso, por su madurez y lucidez en la construcción de este ciclo político en el movimiento juvenil galego, impensable hace dos años.

DL- Pasando a un análisis de la coyuntura política de los últimos meses en Galiza y en el campo de la izquierda nacional, parece que el proceso de recomposición de la misma iniciado hace más de dos años está lejos de su finalización. ¿Cómo ves la situación actual y las perspectivas de este proceso, desde el punto de vista de NÓS-UP?

Rebeca - La histórica manifestación por la ruptura democrática y en pro de un proceso constituyente galego de marzo de 2013 fue determinante para quebrar la enredada situación en que estaba instalada la izquierda patriótica, la injustificable ausencia de diálogo e interlocución. Nosotr@s, a partir de 2012, hemos ido constatando que los movimientos políticos del nacionalismo era más que declaraciones de intenciones y, ante el giro soberanista del BNG, optamos por mover ficha. Sin embargo, el proceso en estos 15 meses no se puede calificar de positivo, pues no se profundizó en la unidad de acción y una iniciativa que nosotr@s consideramos estratégica como la GPS está congelada.

Los fenómenos electorales de las Autonómicas de 2012 y de las recientes Europeas constatan un preocupante proceso de españolización de la intervención y de la lógica sociopolítica galega. El abandono del principio de auto-organización precedió a la entrega de las llaves de oro de la referencialidad de la lucha a una fuerza española y reformista por parte de un sector del nacionalismo galego. Si a esto le añadimos el fenómeno de Podemos, el resultado es más que preocupante.

DL -¿Cuáles pueden ser las vías para hacer avanzar la construcción nacional y sumar más pueblo trabajador a la lucha de liberación nacional, social y de género que la izquierda independentista defiende?

Rebeca -Es fundamental mantener la firmeza en el principio medular de la auto-organización que propició la reconfiguración de la izquierda patriótica hace medio siglo. Hay que mantener la serenidad y no dejarse arrastrar ni confundir por el barullo ambiental. Tal como en 1989-1991 no capitulamos en la defensa de los principios socialistas ante la derrota de la URSS, hoy tampoco debemos abrazar de forma precipitada e irreflexiva unidades comoo proyectos políticos que actúan en Galiza como si fuese Murcia o La Rioja.

Las fuerzas de dirección galega y que creemos en Galiza tenemos que dar pasos claros en la configuación de un cuadro galego de lucha, lo que nosotr@s denominamos por el patriótico rupturista. El primer objetivo de este proceso es configurar candidaturas de unidad popular con un programa soberanista, de izquierda avanzada y feminista para las Elecciones municipales de la primavera de 2015.

La refundación de la izquierda patriótica debe ser la conclusión natural de este proceso. Es necesario uniir una amplia, plural y que abarque la organización sociopolítica, el conjunto de la izquierda independentista y nacionalista. Tenemos el deber histórico de evitar un desastre que por muy anunciado que esté será inevitable si no actuamos con coraje, urgencia y visión largo plazista.

DL -Todo esto se enmarca en un contexto de crisis del régimen donde la oligarquía está dando pasos, como el cambio en el seno de la monarquía española, en la línea de ofrecer una imagen de renovación. Este cambio impulsa el debate sobre las alternativas al régimen desde las diversas izquierdas actuantes en Galiza: ruptura o reforma, actuación centrada en Galiza o en Madrid, República Galega o República española. Como valoramos el proceso movilizador de las últimas semanas y todos estos debates.

Rebeca -El régimen español de la II República borbónica atraviesa una multicrisis de carácter estructural. Los resultados de las Elecciones europeas forzaron la implementación de cambios -más cosméticos que reales- aún así con ciertas dosis de riesgo, para recuperar la estabilidad política de un modelo cada vez más desacreditado entre amplios sectores de la población. Los partidos del bipartidismo optaron por forzar la abdicación del Jefe del Estado español siguiendo las recomendaciones del gran capital.

El debate monarquía versus república fue positivo, porque permitió desenmascarar las posiciones oportunistas de la izquierda española, que tan sólo pretende ocupar un espacio de gestió en el sistema. También se constató la enorme debilidad y raquitismo del movimiento de masas en la hora de apostar en movilizaciones de carácter estrictamente político. No es lo mismo salir a la calle en defensa de la sanidad o educación públicia, contra la reforma laboral que exigir el cambio de modelo de Estado.

Nosotr@s optamos por aprovechar la coyuntjura para dar una batalla de ideas con carácter de masas, dejando claro que la única alternativa genuinamente rupturista y antisistema es la defensa de la República Galega.

El régimen puede asumir una III República si sirve para garantizar los enormes lucros de las empresas del Ibex 35. También para perpetuar la casta corrupta que nos desgobierna, para mantener la estabilidad política basada en el desempleo, en los salarios y pensiones de miseria, en la pobreza y exclusión social, en la emigración juvenil, en la destrucción de las conquistas sociales en el ámbito de la sanidad y educación públicas. En definitiva, la unidad de mercado denominada España.

La única forma de transformar esto, de avanzar en dirección a la transformación que ansían cada vez más sectores sociales, es a través de la apertura de procesos constituyentes que reconozcan el ejercicio de autodeterminación de las naciones oprimidas. Sin este premisa democrática, no habrá cambio real

 

Este sitio web utiliza 'cookies'. Si continúas navegando estás dando tu consentimiento para la aceptación de las mencionadas 'cookies' y la aceptación de nuestra política de 'cookies'.
o

La Haine - Proyecto de desobediencia informativa, acción directa y revolución social

::  [ Acerca de La Haine ]    [ Nota legal ]    Creative Commons License ::

Principal